PROPESQ avalia declaração final do Fórum Mundial de Ciência

13/12/2013 13:04

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está alinhada com a declaração final do Fórum Mundial de Ciência, realizado no Rio de Janeiro. Isso é o que garante o pró-reitor de Pesquisa da Universidade, Jamil Assereuy Filho. O evento é bienal e aconteceu fora da Hungria pela primeira vez. Delegados de mais de 100 países firmaram o compromisso de usar a Ciência para o desenvolvimento sustentável mundial por meio do documento apresentado no dia 27 de novembro.

A declaração sugere uma reflexão sobre ética e sobre as responsabilidades relacionadas à investigação e inovação. Cooperação científica internacional e ações nacionais coordenadas para o desenvolvimento sustentável global são aspectos em destaque no texto. As recomendações à comunidade científica estão voltadas também à educação como caminho para reduzir as desigualdades e promover a ciência e inovação global e sustentável. Há orientações para que haja uma conduta responsável e ética de investigação e inovação, o diálogo com governos, sociedade, indústria e mídia sobre questões de sustentabilidade e o uso mecanismos sustentáveis para o financiamento da Ciência.

De acordo com o pró-reitor de Pesquisa da Universidade, a declaração aponta objetivos específicos de atuação da atividade científica de maneira geral, os quais servem para orientar políticas não somente da Universidade, mas também governamentais. Apesar de não haver mecanismos oficiais para avaliar se os projetos levam em conta os aspectos recomendados, a PROPESQ está afinada com a proposta, afirma Assereuy Filho. “Está dentro do que nós temos trabalhado, embora sempre haja espaço para melhorar. Talvez, melhorar um pouco mais a relação para que os projetos de Pesquisa tenham aplicação mais rápida na área social. No entanto, não podemos perder o foco na pesquisa tecnológica e na pesquisa básica”, ressalva.

Todos os centros de ensino da UFSC desenvolvem pesquisa e cada unidade conta com um coordenador para essa área. “Os Programas de Pós-Graduação são celeiros”, afirma o pró-reitor. Conforme a declaração final do Fórum, “a inclusão social, como parte fundamental do desenvolvimento sustentável, é um imperativo ético e estratégico da pesquisa científica, tecnológica e da inovação”. Na opinião de Assereuy Filho, um dos caminhos para reduzir as desigualdades do conhecimento científico entre os países é abrir os laboratórios de Pesquisa para alunos de universidades estrangeiras. O Programa de Estudante-Convênio de Pós-Graduação (PEC – PG) oferece bolsas a estudantes de outros países anualmente e pode ser citado como uma forma de estreitar esta cooperação.

Os acordos com países africanos e latino-americanos são apontados como exemplos de ações da UFSC relacionadas à interdisciplinaridade e transdisciplinaridade – práticas sugeridas pela declaração. “O Brasil pode oferecer oportunidades para esses países com quem normalmente não se busca cooperação científica. Eles tem muito a oferecer e nós também”,diz o pró-reitor. A UFSC possui cerca de 400 convênios de cooperação internacional.  A Secretaria de Relações Internacionais (SINTER) vem atuando para estreitar os laços com instituições de todo o mundo, em especial aquelas de países africanos e da América Latina.

O Fórum Mundial de Ciência é realizado desde 2003. Cientistas, políticos, representantes dos meios de comunicações e da sociedade civil se reuniram para debater o papel da ciência frente aos desafios globais. A declaração final está disponível em http://www.sciforum.hu/declaration/index.html.

Bruna Bertoldi Gonçalves          
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