Nota de esclarecimento sobre mural da Igrejinha da UFSC

29/08/2013 11:39

A Secretaria de Cultura da Universidade Federal de Santa Catarina (SeCult) vem a público se manifestar sobre a campanha “Salvem o mural da igrejinha da UFSC”, presente na rede social Facebook. Essa ação se refere ao mural “Humanidades”, pintado nas paredes do prédio histórico da antiga capela do bairro da Trindade, criado pelo artista plástico Hiedy de Assis Corrêa – o Hassis. Atualmente, o prédio que abriga a obra compõe o complexo arquitetônico do Departamento Artístico-Cultural (DAC) desta Universidade, sendo este um dos setores da SeCult, e, por essa razão, cabe a esta Secretaria esclarecer que:

a) é de total desconhecimento da Secretaria de Cultura e da Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina qualquer projeto da UFSC que tenha “a intenção de acabar com o mural Humanidades”, pintado por Hassis, como divulgado na página https://www.facebook.com/salvemomuraldaigrejinha;

b) contrariamente à informação divulgada, a UFSC reconhece o valor histórico, social e artístico da obra citada – e jamais atuaria na direção de sua destruição. O interesse da instituição é o de buscar recursos financeiros para a conservação da obra de Hassis, bem como de todo o complexo arquitetônico do Departamento Artístico-Cultural, ou seja, é um trabalho que ainda prevê muitos estudos, planejamento e discussão;

c) lamentamos que notícias como esta sejam divulgadas nas redes sociais e em outros meios de comunicação, levando à sociedade informações que geram inquietações no campo artístico e cultural, incitando cidadãos a tomarem posições e apoiar manifestações com base em argumentos que não retratam a posição desta administração.

Administração Central organiza fóruns consultivos

26/08/2013 15:09

A Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina organiza, a partir da primeira semana de setembro, uma série de fóruns consultivos à comunidade acadêmica, a serem realizados uma vez por mês durante todo o segundo semestre de 2013. Estão programados quatro eventos para discutir pontos importantes da gestão da Universidade.

A partir de 2 de setembro, as atividades temáticas serão realizadas seguindo um calendário específico (veja abaixo). O diálogo com a comunidade acadêmica sobre temas importantes foi uma das propostas de campanha da atual gestão. A reitora Roselane Neckel informou que durante os primeiros quinze meses da administração foi necessário diagnosticar a situação real da Universidade antes que os fóruns pudessem ser organizados. “Esperamos, a partir do primeiro fórum, criar esse espaço inédito na UFSC para ouvir a comunidade a respeito de temas importantes para a gestão administrativa e política da Universidade”, ressaltou.

A reitora acrescentou, ainda, que a Administração Central e o Conselho Universitário já realizaram diversas audiências públicas para discutir questões como a realização de festas, moradia estudantil e a nova resolução de bolsa permanência e que, a partir de setembro, essas atividades serão sistematizadas, possibilitando a participação ampliada.

“Dialogar e planejar ciclicamente são metas divulgadas na nossa proposta de trabalho, apresentada durante a campanha. Juntamente com esse propósito, já havíamos delineado a intenção objetiva de agir sempre criteriosamente nas instâncias da instituição por meio de mecanismos democráticos de decisão. Essa foi e sempre será a nossa linha de atuação”, destacou Roselane.

O diretor do Departamento de Assuntos Estudantis da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, Sergio Luis Schlatter Junior, destaca o aspecto de valorização da representação dos estudantes e servidores técnico-administrativos em Educação, que deverá ser incentivado por meio dos fóruns consultivos. “A democracia e a transparência são pilares desta administração. Os fóruns constituem mecanismos importantes para conseguir construir a UFSC que queremos – e da qual precisamos –, com ampla participação da comunidade”, acrescentou.

Calendário dos fóruns:

FÓRUM I – Segurança no Campus – 2/9 – 18h30, Auditório da Reitoria
FÓRUM II – Orçamento – 11/10 – 18h30, Auditório da Reitoria
FÓRUM III – Ingresso e Permanência – 19/11 – 18h30, Auditório da Reitoria
FÓRUM IV – UFSC: Lugar de Cultura – 2/12 – 18h30, Auditório da Reitoria

 

Assessoria de Imprensa do Gabinete da Reitoria
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Reitora fala do atendimento ao interesse público durante recepção a novos servidores

26/08/2013 11:08

A reitora Roselane Neckel destacou, em sua mensagem de boas-vindas aos professores e técnicos administrativos em Educação (TAEs) empossados desde janeiro de 2013, a necessidade dos novos trabalhadores assimilarem o histórico da instituição, seus valores e sua cultura organizacional. Roselane também recomendou aos novos servidores que pensem sempre no interesse público no trabalho diário, com uso consciente dos recursos da instituição.

Administração Central recepciona novos servidores da UFSC. Foto: Wagner Behr – Agecom/UFSC

A Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina recebeu os novos servidores em uma solenidade realizada na manhã desta sexta-feira (23). O evento contou com cerca de 100 pessoas, entre elas, servidores recém-empossados e também chefias, diretorias, secretários, pró-reitores e as reitoras da UFSC.

Antes de proferir sua mensagem, a reitora pediu que todos os presentes se apresentassem. Cada um disse seu nome, seu cargo e onde está lotado. Roselane então destacou que a política de nomeação de novos trabalhadores é a tradução de uma mudança na cultura organizacional da universidade. “Uma das propostas de nosso trabalho é de profissionalizar a gestão. Fizemos um grande diagnóstico de setores, como eles estavam dimensionados frente às demandas da universidade. Estudamos quais mudanças eram necessárias e usamos esse critério em todas as mudanças que realizamos”, ressaltou a reitora.

Nos anos de 2012 e 2013 a UFSC realizou alguns de seus maiores concursos. Foi nesse período também que a universidade teve seu maior número de nomeações. Desde janeiro de 2013 foram nomeados pouco mais de 200 servidores.

Em seu discurso de acolhimento, a vice-reitora Lucia Helena Martins Pacheco lembrou das dimensões e desafios ao administrar uma instituição como a UFSC. “Somos quase 50 mil pessoas nesta comunidade acadêmica, com um orçamento próximo ao da Prefeitura Municipal de Florianópolis”, demonstrou. “Bem-vindos! A sociedade catarinense, e a brasileira, precisa do trabalho de vocês. Aqui vocês terão oportunidades de se capacitar, se reciclar e fortalecer a instituição com o seu trabalho de equipe”, enfatizou a vice-reitora.

Interesse público

Em sua fala, Roselane Neckel pediu para os novos trabalhadores evitarem o desperdício do dinheiro público, respeitando sempre o interesse coletivo sobre o individual. “Um exemplo simples é o uso de folhas de papel. Digamos que cada setor utilize uma resma de papel e que cada resma custe 30 reais. Se somarmos 30 reais daqui e dali, chega-se a milhões de reais em resmas de papel. E se elas não são bem utilizadas, é desperdício porque esses milhões fazem falta na hora de adquirir uma cama para o HU, um equipamento para um laboratório”, exemplificou a reitora.

Carga horária

A carga horária de trabalho também foi tratada na mensagem de boas-vindas da reitora, que detalhou o processo de estudo e pesquisa realizada pelo grupo de trabalho Reorganiza e pontou que muitos debates acontecerão a respeito dessas mudanças em breve. “Em uma universidade não se pode fazer gestão baseada em ‘achismos’. Aqui é espaço de pesquisa, de reflexão, de construção coletiva. Organizamos junto com a Secretaria da Gestão de Pessoas e em parceria com os TAEs escolhidos em assembleia como representantes, um grupo de trabalho para fazer pesquisas sobre quem somos, onde estamos e o que fazemos. Eu sempre digo – até hoje não fui convencida que podemos ter 6h de trabalho nesta instituição. Só será tomada uma decisão quando tiver dados que mostrem que a UFSC tem condições de fazer isso. Depois disso ainda temos que levar isso ao governo federal. Embora todos falem em autonomia universitária, hoje mais do que nunca temos os órgãos de controle que fazem auditorias constantes aqui na UFSC. Recebo cotidianamente questionamentos em defesa do interesse público. Quem muda o contrato de trabalho que cada um aqui assinou é o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. Não cabe às reitoras definir as políticas da universidade. Essa é uma decisão de toda a Universidade,” enfatizou.

Compuseram a mesa a reitora, Roselane Neckel; a vice-reitora, Lucia Helena Martins Pacheco; a pró-reitora de Graduação, Roselane Fátima Campos; a pró-reitora de Pós-Graduação, Joana Maria Pedro; a secretária especial adjunta da Secretaria da Gestão de Pessoas, Suzana da Rosa Tolfo; a diretora do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas, Bernadete Quadro Duarte; e o coordenador de Admissões, Concursos Públicos e Contratação Temporária, Salézio Schmitz Junior.

Mayra Cajueiro Warren / Assessoria de Imprensa do Gabinete da Reitoria
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Administração Central realiza cerimônia de boas-vindas aos novos docentes e técnico-administrativos em Educação

22/08/2013 13:41

As reitoras Roselane Neckel e Lúcia Helena Martins Pacheco, juntamente com a Secretaria de Gestão de Pessoas (Segesp) e o Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (DDP) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), receberão nesta sexta-feira, 23 de agosto, às 9h, no Auditório da Reitoria, todos os servidores docentes e técnico-administrativos em Educação, empossados no ano de 2013, para a Cerimônia de Boas-vindas.

Confira, a seguir a íntegra da entrevista concedida pela Reitora Roselane Neckel ao Diário Catarinense

17/08/2013 18:43

Há um mês, a reitora Roselane Neckel respondeu a algumas perguntas encaminhadas pelo Diário Catarinense sobre o papel da universidade. Hoje, parte da entrevista foi publicada no caderno Cultura. Reproduzimos a íntegra do que foi enviado ao jornal. Confira:

DC – O formato da universidade é quase o mesmo desde os anos 60. De que maneira ela acredita que a universidade poderia se modernizar?

R- O formato da universidade hoje é um formato moderno em relação à universidade  medieval. Hoje a universidade funciona por meio de estatuto e regimento próprios, em  consonância com a legislação vigente. Além disso, é importante lembrar que a universidade já  passou por várias mudanças. A reforma universitária de 1968 criou o núcleo comum e não  havia vestibular para cursos específicos. Os alunos entravam cursavam o básico e depois, em  função de suas notas, escolhiam os cursos. Isso, segundo depoimentos, gerou uma “relação de  competição” entre os estudantes, reforçando o individualismo e criando um conjunto de  estudantes que formaram os “excedentes”, que não tinham escolha. A pressão social, na  época, exigiu transformações, de modo que se voltou a fazer a escolha no vestibular. (ver fotos  no livro da UFSC sobre as provas coletivas:  http://www.agecom.ufsc.br/files/2010/12/Livro_UFSC50Anos_2010_web.pdf).

As reformas de ensino no Brasil, mais detidamente a reforma de 1968, foram realizadas em nome da modernização da universidade brasileira. No entanto, essas mudanças pouco  contribuíram para uma formação que estimulasse e fortalecesse o trabalho coletivo. As  políticas educacionais na ditatura militar enfatizavam o conhecimento técnico em detrimento  da formação de cidadãos. Foram criadas as disciplinas “Estudo dos Problemas Brasileiros” e “Educação Moral e Cívica”, as quais destacavam especialmente “que o povo brasileiro é por natureza ordeiro e pacífico”.

Nesse contexto, podemos nos lembrar da expansão do ensino privado, que mais tarde a Organização Internacional do Trabalho regulamentaria como uma mercadoria. No ensino privado, as pessoas não são tomadas como cidadãos que aprendem a pensar livremente  através da recepção de um conteúdo que lhes possibilite ver os problemas humanos em
sociedade numa dimensão ampla, mas são transformadas em consumidores de conhecimento. Veja só que absurdo você transformar o conhecimento numa mercadoria e a pessoa, numa consumidora! Por esse modelo ocorre, portanto, a adoção de uma universidade dentro de um modelo mercadológico.  Cabe destacar um aspecto positivo dessa modernização: a quebra da estrutura que mantinha a
cátedra. Na cátedra, um professor era dono de uma cadeira e não permitia que houvesse renovação do conhecimento porque ele determinava quem deveria sucedê-lo na administração daquele conteúdo; não permitia nem que houvesse concurso para professores, seus auxiliares, sem que ele determinasse quem deveria ocupar a vaga.
Outro aspecto importante reside no fato de a universidade passar a integrar, dentre suas funções, a combinação de ensino, pesquisa e extensão. Quebrou-se aquele viés da universidade apenas reprodutora de conhecimento, como se o conhecimento fosse objeto de um grupo de privilegiados. A universidade se modernizou e pôs-se ela mesma a pesquisar, a reproduzir e a disseminar o conhecimento, porque foram criados organismos que tanto financiavam quanto regulavam a produção científica no País. Outro aspecto importante que não devemos esquecer é que, para atuar na universidade, não bastava somente você ser um  grande conhecedor de um assunto; exigia-se a qualificação profissional para o exercício da  atividade no magistério superior. Com isso, foram criados e ampliados os cursos de pós-graduação pelo País afora.Adotou-se a estrutura departamental. Com isso também houve uma modernização na legislação não só intrauniversidade, mas também nas relações de trabalho, no exercício do serviço público federal. É claro que outros fatores contribuíram, mas o resultado disso é expresso na Lei 8.112/1990, que regula as relações profissionais no serviço público, e isso  também passa pelas relações de trabalho dentro da universidade. Se hoje você me dirige uma pergunta querendo saber como a universidade poderia se modernizar, eu primeiro perguntaria: modernizar-se para qual lado e para atender a quais interesses? Porque isso há de servir a algum objetivo e porque isso deve ser pensado para que  não ocorra confusão com o uso das nossas palavras.Hoje eu posso falar com toda clareza que, se há um clamor por modernizar a universidade, essa modernização pode muito bem ser canalizada em esforços para que todas as pessoas que atuam não só na universidade mas em todo o serviço público exerçam atos transparentes e com uso transparente dos recursos públicos, na democratização das tomadas de decisão e no fortalecimento do interesse coletivo em relação ao interesse individual, de grupos e corporações. A universidade é mantida pelo povo brasileiro, por todos que pagam impostos –portanto, desde aquele que recolhe papelão nas ruas até o grande empresário. Dessa forma, o seu retorno social também ter que ser amplo, atingindo todos os grupos sociais. A universidade não pode continuar a ser reprodutora das desigualdades sociais. A Lei de Cotas é importante nesse processo. Uma universidade pública não pode ser acessível apenas para aqueles que têm condições econômicas para frequentar as melhores escolas e, dessa forma,garantir seu acesso a essa instituição. Enquanto isso, o jovem com fragilidade socioeconômica tem como opção o ensino privado, pagando uma mensalidade. Por exemplo, ao cursar um curso de Medicina utilizando o FIES, o aluno pode, depois, quitar a dívida, mas terá que prestar  serviços no SUS durante oito anos.

DC-  A universidade poderia se tornar mais democrática e ter uma maior participação dos  alunos e da sociedade em suas decisões? Como isso poderia ser feito?

R- A universidade é uma prestadora de serviços essenciais à sociedade, porque ela produz, sistematiza e dissemina conhecimento. O que é uma universidade democrática? Aquela que tem estatuto e regimento? A universidade federal brasileira os tem, e mais, está regida por legislação federal. Quando clamamos por democracia na universidade, temos que cuidar para que ela não fique engessada, com os usos abusivos da democracia, a ponto de não se fazer  nada e, para cada decisão a tomar, ser necessário consultar um fórum. A UFSC cumpre todas as deliberações das Câmaras e do Conselho Universitário. O que é ser democrática? Na Universidade Federal de Santa Catarina se exercita o poder político de forma democrática. Ouvimos todos os setores envolvidos nas questões que lhes dizem respeito. Temos limites de ordem legal a cumprir que nos mobilizam no exercício do poder, o que extrapola em muito a boa vontade e a vontade pessoal de quem exerce o poder. Pela legislação vigente, temos participação de todos os setores da universidade, com as categorias representadas nas instâncias. Uma maior participação depende muito da vontade política de cada categoria. Eu defendo não só a ampliação da participação das pessoas na vida da instituição, no processo deliberativo decisório; defendo que mais gente possa atuar nas discussões e nas deliberações. No entanto, isso não depende somente da minha boa vontade.

DC – Conversei com um professor que acredita que a universidade corre o risco de se tornar irrelevante para a sociedade por não responder às necessidades dela. Você acredita que a UFSC responde às necessidades da sociedade?

R- A universidade que administro e na qual atuo não tem o risco nem remoto de se tornar irrelevante, porque se hoje temos uma universidade que teve aumento de 20% em relação ao  vestibular anterior, que registrou 30.388 candidatos inscritos para uma vaga em 2013, certamente não está nesta rota de perda da relevância. Muito pelo contrário. Isso sinaliza que a UFSC está cada dia mais em sintonia com a realidade do nosso estado e do País. A UFSC mantém sua importância na sociedade porque se presta a questionar e a apontar soluções para os problemas reais que afligem a realidade em que está inserida, por meio da atuação competente de seus profissionais, independentemente da área e da função em que atuam. A universidade hoje realiza inúmeros projetos, para atender tanto ao desenvolvimento tecnológico dos setores produtivos como a projetos sociais que atingem milhares de pessoas.  Quero lembrar que a universidade forma, por ano, mais de três mil profissionais que se espalham por toda a sociedade. Formamos engenheiros, médicos, professores e tantos outros profissionais. A grande modernização da universidade, além da formação de qualidade no conhecimento específico, é principalmente “formar cidadãos preocupados com o mundo em que vivem e com seus semelhantes”. É essencial para o mundo que os projetos pedagógicos dos vários cursos incluam perspectivas que reflitam sobre a sociedade individualista e valorizem processos de formação com foco na constituição de pessoas preocupadas com a coisa pública, com responsabilidade cidadã, formando cidadãos. Esta seria a grande modernização em nossas universidades e na educação brasileira.

P- Você acredita que os cursos devem existir em função da demanda de mercado de  trabalho?


R- Não. Acredito que uma universidade deve também criar cursos que busquem atender às necessidades do mercado, mas não deve atuar única e exclusivamente nesse sentido. Existem profissões muito importantes, como a de professor, que hoje não tem valorização significativa no mercado, mas é a base de todo o desenvolvimento de todas as profissões. Sem professores não teríamos outras profissões.

P- Quais foram as maiores mudanças da UFSC de 1960, quando foi fundada, para cá?

R- Administrativamente, foram várias mudanças impactantes. Por exemplo, em 1980 o reitor administrava para uma comunidade de 14 mil pessoas; hoje, administro para 50 mil. Na UFSC
dos anos 60 e 70 não havia concursos públicos como temos atualmente para servidores técnico-administrativos; as pessoas ingressavam por contratação simplificada. Os professores  já ingressavam por concurso. Os salários eram pagos em envelopes diretamente no Departamento de Pessoal. Não havia o controle do Ministério da Educação e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão pelo SIAPE; os benefícios e os cálculos eram realizados dentro da instituição. Na parte acadêmica, foram muitas as mudanças. Hoje a UFSC conta com  98 cursos de graduação presenciais e a distância, 34 especializações, 57 mestrados acadêmicos, 12 mestrados profissionalizantes e 54 doutorados, com uma complexidade nos processos formativos que envolvem estruturas físicas e profissionais altamente qualificadas. Também a construção do HU como hospital-escola foi significativa para o fortalecimento dos cursos de saúde. Atualmente a UFSC é multicampi: temos os campi de Florianópolis, Joinville, Curitibanos, Araranguá e, em 2014, o campus do Médio Vale do Itajaí. Novos cursos, novas vagas públicas, muitos cidadãos, mais oportunidades de formação com responsabilidade e compromisso social.

P- Que cursos você acredita que podem passar a existir num futuro próximo?

R- Inicialmente vamos consolidar os cursos já existentes. Todas as decisões envolvem contratação de profissionais técnico-administrativos em educação e professores. São vagas que precisam ser liberadas pelo Ministério da Educação e pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Os departamentos também podem avaliar a possibilidade de criação de novos cursos com os quadros de pessoal já existentes e encaminharem propostas à Câmara de Graduação, que avaliará a qualidade, as condições estruturais (prédios e equipamentos) e condições orçamentárias para sua criação. Já foi apresentado e oficializado o Curso de Graduação em Medicina no campus de Araranguá para 2016, com foco na formação na saúde coletiva e na saúde da família. Além disso, nosso curso de Medicina poderá ter uma ampliação de 60 vagas em 2016, mas esta é uma decisão que ainda deverá ser analisada, tendo em vista a necessidade de ampliação de infraestrutura física e de melhorias significativas no Hospital Universitário. Podemos, no futuro, pensar em biotecnologia, biomedicina ou fortalecer áreas de conhecimento em cursos já existentes, como agroecologia, nos cursos de Ciências Rurais, sustentabilidade ou desenvolvimento de tecnologias para pequenos proprietários ou microempresários.

P- Existem planos de abertura de novos cursos ou de outras vagas nos cursos já existentes? Quais?

R- Estamos trabalhando na abertura de novos cursos e vagas no campus do Médio Vale do Itajaí e também na expectativa de abertura do curso de Medicina no campus de Araranguá, além da ampliação de vagas para o curso de Medicina em Florianópolis.

P- Qual você acredita que seja o objetivo da UFSC como universidade?

R- A UFSC tem por finalidade produzir, sistematizar e difundir o conhecimento; fazer ensino, pesquisa, extensão. Esta é sua função. Qualquer outra função, atribuição ou objetivo que se queira atribuir à UFSC é especular e fugir das suas atribuições. Nesse sentido, a UFSC é a melhor, se não a maior referência para o povo de Santa Catarina. E qual é seu mérito nisso? Seu mérito consiste em cumprir bem seu papel na sociedade brasileira. Ter ensino de graduação e pós-graduação, pesquisa e extensão que repercutem no Brasil e no exterior. O impacto de sua atuação é medido pelo número de egressos e de nossos técnicos e professores que atuam pelo mundo afora. Este é seu objetivo: servir à sociedade.

UFSC trabalha para implantar Observatório de Economia Criativa

16/08/2013 16:21

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vai instalar um Observatório de Economia Criativa (Obec) no campus de Florianópolis nos próximos meses. O projeto é uma proposição do Ministério da Cultura (MinC). Desde o início da gestão, a reitora Roselane Neckel e outros representantes da Universidade buscam fortalecer a parceria com o Governo Federal para a implementação de projetos em Santa Catarina e para a captação de verbas para iniciativas institucionais.

A vice-reitora, Lúcia Helena Martins Pacheco, o secretário de Cultura da Universidade, Paulo Ricardo Berton, e o diretor do Departamento de Assuntos Estudantis, Sérgio Schlatter Junior, participaram de reuniões em Brasília nos últimos meses. A intenção é que a UFSC seja uma das portas por onde passarão as políticas do MinC para Santa Catarina.

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AVISO | CoAEs – Novos procedimentos e horários de atendimento aos estudantes

13/08/2013 08:20

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) comunica os novos procedimentos e horários de atendimento da Coordenadoria de Assistência Estudantil (CoAEs/PRAE) a partir do dia 12.08.2013:

A partir desta data o estudante que desejar ser atendido na referida coordenadoria deverá agendar seu horário. Inicialmente esse agendamento será feito de forma presencial na CoAEs, até que a SETIC desenvolva  o programa de agendamento eletrônico.

Atenção para os novos horários:
De segunda a sexta-feira, das 08:00 às 13:00h e das 14:00h às 19:00h
Local: Térreo da Biblioteca Universitária – Campus Trindade

 

Fonte: PRAE

Administração Central organiza fórum sobre segurança

12/08/2013 17:07

Debater questões relativas à segurança nos campi da UFSC é o principal objetivo de um fórum a ser realizado em 2 de setembro, às 18h30, no Auditório da Reitoria. O evento, organizado pelo Gabinete da Reitoria, contará com a presença de representantes da comunidade universitária, além da Polícia Militar e da Advocacia Geral da União.

Este será o primeiro de uma série de fóruns que serão realizados ao longo do segundo semestre de 2013 para debater temas de interesse da comunidade. Com caráter consultivo, os eventos servirão para aperfeiçoar o diálogo com os diferentes segmentos da UFSC.

Confira a nota enviada ao Jornal do Almoço sobre o curso de Odontologia da UFSC

09/08/2013 10:35

Prograd informa andamento do Plano de Providências para o curso de Odontologia

A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) informa que, dentro do cronograma previsto, foram dados todos os encaminhamentos do plano de providências para a recuperação dos laboratórios e das clínicas-escola do Curso de Odontologia.

O plano, desenvolvido em conjunto com a Pró-Reitoria de Planejamento e Orçamento (Proplan), foi divulgado em 10 de julho, em nota. Dentre as providências planejadas estão a reforma das clínicas, do centro cirúrgico e da sala de esterilização, bem como a compra de equipamentos e materiais de consumo.

Reforçamos que a estrutura em questão não recebe reformas significativas desde 1981, quando foi instalado o curso de Odontologia no campus universitário da Trindade. Memorandos datados de 2005 e 2006 já comunicavam às gestões anteriores os problemas encontrados nas clínicas. Desde outubro de 2012, nos primeiros meses desta gestão, temos nos reunido e realizado debates com estudantes, docentes, diretoria do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e chefia do Departamento de Odontologia para levantar uma estratégia de correção desses problemas.

Reformas

Quanto ao encaminhamento de reformas nas clínicas, centro cirúrgico e sala de esterilização, a Prograd recebeu, em 15 de julho, o relatório final da Comissão de Reforma das Clínicas de Odontologia. A finalização do documento era condição necessária e obrigatória para que fossem dados os demais encaminhamentos de providência junto à Proplan.

Materiais e equipamentos

Em relação aos materiais de consumo de alunos e laboratórios, informamos que está em desenvolvimento um projeto de organização e gestão de materiais no almoxarifado do Departamento de Odontologia, do Centro de Ciências da Saúde. A ação acontece sob a coordenação da professora Jussara Karina Bernardon, com a participação de cinco alunos bolsistas que foram integrados ao projeto. Trata-se de uma iniciativa desenvolvida pelo Departamento de Odontologia com total apoio e parceria da Prograd.

Com a nova organização, os materiais foram devidamente identificados (tipos, qualidade, validade) e esse processo facilitará o acesso e sua utilização. Materiais que estavam fora do seu prazo de validade foram descartados. Informamos, ainda, que a reposição e atualização de equipamentos está sendo feita de forma criteriosa, a partir das necessidades apresentadas pelo departamento.

Finalmente, destacamos que o curso de Odontologia possui mais de 600 alunos de graduação e pós-graduação, e que suas clínicas atendem, em média, 4300 pacientes por mês. Nossa prioridade é agir de forma rápida e emergencial para que esses atendimentos continuem a ser oferecidos à população com segurança, sem que a formação dos nossos alunos seja prejudicada.

Florianópolis, 7 de agosto de 2013.

UnB revoga jornada de 30 horas para Técnicos-Administrativos em Educação

05/08/2013 19:41

O Conselho de Administração (CAD) da Universidade de Brasília (UnB) revogou, na última quinta-feira (1) a resolução que permitia a jornada de 30 horas semanais para servidores Técnicos-Administrativos em Educação da instituição. A Resolução no. 7/2011 teve suas disposições questionadas pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelos ministérios da Educação (MEC) e do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que apontavam ilegalidades na forma de alteração das jornadas.

O CAD determinou um prazo de 60 dias para que os servidores retomem a jornada de 40 horas semanais. Uma Comissão de Flexibilização analisará os processos de setores que já tiveram seus pedidos avaliados de acordo com a resolução anterior, a fim de regularizar a situação destes o quanto antes.

Questionamentos da CGU e MEC

Em ofício circular de 15 de julho, o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação Paulo Speller reforçou a informação do Decreto no. 1590/1995, que autoriza, em casos específicos, a jornada reduzida. O secretário destacou no documento o risco em estabelecer a jornada de 30 horas semanais como regra geral.

“A exceção prevista no art. 3º do Decreto 1.590/95 deve ser aplicada apenas em casos específicos, sendo caracterizada a ilegalidade de eventual estabelecimento de jornada prevista no artigo 3º do Decreto 1.590/95 como regra geral, indistintamente a todos os servidores de um órgão e sem atenção aos requisitos exigidos”, alertou Speller.

A Controladoria Geral da União emitiu, em 28 de maio, um relatório de auditoria realizada na UnB, no qual conclui que “a Universidade de Brasília desvirtuou a prerrogativa conferida pelo Decreto 1.590/95, quanto à flexibilização da jornada de trabalho de seus servidores técnicos administrativos em educação”.

A CGU também publicou, em sua Coletânea de Entendimentos, para a gestão de recursos das Instituições Federais de Ensino Superior, no item 122, que “o eventual estabelecimento dessa flexibilização [de 30 horas semanais] como regra geral constitui-se ilegalidade, pois não é razoável supor-se que todos os servidores da IFE lidem diretamente com o público ou trabalhem em período noturno.”

Situação na Universidade Federal de Santa Catarina

A jornada de trabalho é pauta também na UFSC. Após o encerramento da atuação do Grupo de Trabalho Reorganiza, em 31 de maio, houve uma apresentação de resultados e, conforme proposto, haverá debates setoriais com a reitoria sobre os resultados apresentados no relatório.

“Devido à complexidade do assunto iremos realizar, durante todo o segundo semestre, uma série de reuniões setoriais, para que haja um debate franco, transparente e aberto com toda a comunidade universitária”, declarou a reitora Roselane Neckel. Roselane afirmou, ainda, que o relatório do Reorganiza já foi distribuído para os diretores dos Centros de Ensino e dos campi da Universidade e que durante os debates setoriais haverá a apresentação e análise dos demais documentos a respeito da jornada de trabalho dos Técnicos-Administrativos em Educação.

 

Entrega do Relatório Final do GT Reorganiza UFSC:

 

Saiba mais: