Executivo do BNDES discute financiamento de projetos para inovação em palestra na Universidade

27/09/2013 09:18

Pedro Landim de Carvalho, apresentou os mecanismos de financiamento do banco à inovação. Foto: Wagner Behr/Agecom/UFSC

O gerente do Departamento de Insumos Básicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Pedro Landim de Carvalho, apresentou os mecanismos de financiamento do banco à inovação em uma palestra ministrada na última sexta-feira, 20 de setembro, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Com o tema voltado ao apoio do BNDES à inovação, o evento contou com a presença de mais de 50 pessoas da comunidade acadêmica, que lotaram a Sala dos Conselhos. O público, formado principalmente por pesquisadores da instituição, pôde conhecer opções de financiamento oferecidas pelo BNDES, em particular o Fundo Tecnológico (FUNTEC), destinado a projetos em parceria com empresas e que libera recursos a fundo perdido, não reembolsáveis.

O Funtec é uma das modalidades mais atrativas para pesquisadores em instituições científicas e tecnológicas, como a UFSC. O fundo abarca projetos de pesquisa aplicada em desenvolvimento tecnológico e inovação, em áreas de interesse nacional, em conformidade com programas e políticas públicas do governo federal. Em 2013 o Funtec se concentra nas áreas de energia, meio ambiente, eletrônica, novos materiais, química, veículos elétricos e nos planos Inova Empresa (energia, saúde, agro e aerodefesa).

As operações do Funtec são realizadas na forma de apoio direto, na modalidade não reembolsável e limitadas a 90% do valor total do projeto. “A beneficiada de fato é a instituição tecnológica, que recebe diretamente o recurso. Um dos principais vetores do Funtec é o aparelhamento das instituições, feita com um parceiro empresarial, com um produto que necessariamente tenha potencial de ser levado ao mercado”, explicou o gerente. O pró-reitor de Pesquisa, Jamil Assreuy Filho, destacou as possibilidades de os projetos de professores e alunos da instituição chegarem ao mercado por meio do apoio do banco e de parcerias. “A Universidade tem total interesse que esses projetos saiam para o mercado. Sabemos que quando se fala de conhecimento e capacidade intelectual, a UFSC é uma das melhores do Brasil”, ressaltou.

O gerente do BNDES enfatizou a necessidade de os projetos chegarem ao consumidor final. “Temos a preocupação constante com a geração de emprego e renda. Por isso, a parceria com empresa é o foco principal, para que o projeto se transforme em produção e, de fato, seja levado ao mercado”, salientou. “Se for possível levar o produto ao mercado, ele tem valor agregado muito grande e apresenta rentabilidade alta. Se a inovação não for levada ao mercado, os investimentos acabam tornando-se recursos perdidos. O risco é grande; por isso, os países têm políticas de inovação tecnológicas com condições diferenciadas de financiamento”, explicou Carvalho.

Recursos reembolsáveis
O BNDES também oferece linhas de crédito em inovação reembolsáveis, ou seja, financiamentos. “Temos uma taxa única de 3,5% ao ano, que usamos para inovação, que é bastante atrativa”, exemplificou. O gerente detalhou o portfólio de produtos do banco voltados à inovação, tanto em renda fixa como em renda variável. “Podemos, inclusive, entrar em participação acionária nas empresas”, acrescentou. Outras iniciativas delineadas durante a palestra incluem modalidades diretas e indiretas, automáticas, reembolsáveis ou não reembolsáveis. Alguns exemplos são o Cartão BNDES, o apoio para aquisição de equipamentos, as parcerias com a Agência Brasileira da Inovação (Finep) e o Fundo Tecnológico do BNDES (Funtec).

O executivo retirou dúvidas dos participantes quanto aos tipos de projeto que podem ser atendidos pelas diversas modalidades e explicou, ainda, que apesar de muitas pessoas acreditarem que o BNDES atue apenas em grandes negócios mais de 80% das operações do banco são em pequenas e médias empresas. “Esses investimentos não representam o maior volume financeiro do banco, mas o maior número de operações”, concluiu o gerente.

O diretor do Departamento de Projetos da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), Elias Machado, salientou que a palestra representou uma iniciativa de institucionalizar as ações que a Propesq vem realizando. “Estamos prestando todo o apoio à participação da instituição em todos os editais do Programa Inova Brasil. Participamos em todos até agora (Energia, Saúde, Agro e Aerodefesa) e o acolhimento do processo de elaboração das propostas institucionais tem sido o melhor possível. Estamos trabalhando para estabelecer relações diretas seja com os agentes financiadores, seja com os ministérios, para alavancar todo o apoio necessário para que tenhamos projetos institucionais elaborados e parcerias estratégicas fechadas”, ressaltou Machado.

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