Conheça Nina Schier, coordenadora do NETI

30/09/2013 15:31

Doutora em enfermagem, Jordelina Schier, conhecida por todos como Nina, é a atual coordenadora do NETI (Núcleo de Estudos da Terceira Idade). Por 21 anos, ela trabalhou como enfermeira no Hospital Universitário (HU), local onde começou a sentir a necessidade de aprender mais sobre a área de educação permanente para idosos e de enfermagem gerontológica.

Nina conta que sempre atuou no setor de internação de clínica médica, onde a maioria dos internados tem mais de 60 anos. Além disso, foi criada em uma família formada por avós, bisavós, tios-avós…, todos muito presentes no seu dia a dia. Ela explica que desde cedo aprendeu que, além de todo respeito que se deve ter pelo idoso, também chega um dado momento em que é preciso ajudar essa pessoa de alguma forma.

Foi então que a enfermeira, que já era especialista em Saúde Pública, se viu instigada a cursar especialização em Gerontologia e depois mestrado e doutorado voltados para o cuidado com o idoso. Já desde o início da carreira na UFSC, Nina se envolveu com o NETI. No começo, como professora convidada em algumas aulas da disciplina “Noções de Saúde”, depois como professora regular dessa matéria (que integra o curso de Formação de Monitores da Ação Gerontológica, oferecido pelo Núcleo) e hoje como coordenadora do NETI.

Nina Schier, coordenadora do NETI
Foto: Gabriela Dequech – AI/GR

Apaixonada pelo seu trabalho, Nina diz que não se imagina em outra profissão, mas faz um alerta: “Quando a gente investe apenas na carreira, corre o risco de se aposentar e ficar sem rumo”. Por isso, a coordenadora faz questão de investir nos relacionamentos e na saúde.

Casada há 30 anos, Nina conta que o marido participa de sua vida em todos os momentos. “Ele vem aqui [no NETI], conhece as voluntárias e elas até o chamam de ‘nosso marido’”, ela ri. Nina cuida da saúde com atividades físicas, dieta saudável e evitando o estresse. “Eu não abro meu e-mail no fim de semana”, brinca.

O NETI, fundado há 31 anos e vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), é considerado o maior e mais antigo projeto de extensão da UFSC. De acordo com a enfermeira Nina Schier, ele tem papel fundamental na sociedade, pois, além de produzir conhecimentos para a gerontologia, contribui diretamente para a mudança de mitos e preconceitos relacionados à velhice.

“As pessoas que vêm para o núcleo quebram esse paradigma da sociedade, que vê a velhice como o fim da vida”, explica a coordenadora. “Elas vêm, se apropriam do conhecimento e voltam para a rua, para fazer o que têm vontade, independente do conceito que a sociedade tenha sobre o que é ser velho”.

Gabriela Dequech Machado
Estagiária na Assessoria de Imprensa do Gabinete da Reitoria
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