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O presidente do CCEA, Eriberto José Meurer, fala aos participantes do Seminário de Mobilização Estadual para o Fórum Mundial de Direitos Humanos durante cerimônia de abertura na última sexta-feira (29). (Foto: Wagner Behr/Agecom/UFSC)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sediou, na última sexta-feira (29), o Seminário de Mobilização Estadual para o Fórum Mundial de Direitos Humanos. O evento foi promovido pela Secretaria de Cultura da UFSC (Secult), em parceria com o Centro Cultural Escrava Anastácia (CCEA), o Instituto Pe. Vilson Groh e a Secretaria de Direitos Humanos do governo federal. O Fórum Mundial de Direitos Humanos acontece em Brasília, de 10 a 13 de dezembro.

Os participantes foram recebidos, durante a solenidade de abertura, pelo secretário de Cultura da UFSC, Paulo Ricardo Berton, que destacou a importância do tema e o trabalho em equipe entre as diversas instituições participantes que possibilitou a realização do encontro.

O presidente do CCEA, Eriberto José Meurer, discorreu a respeito da história de trabalho da instituição e sua abrangência, que atualmente se estende além das comunidades do Maciço do Morro da Cruz. “Através do Centro de Referência de Direitos Humanos, hoje o Centro Cultural também realiza atividades em Lages e Joinville. Deixou de ser a entidade relacionada ao seu local de origem, que é o Monte Serrat, sem abandoná-lo”, ressaltou.

O presidente do Instituto Vilson Groh, Pe. Vilson Groh, falou sobre o capital social das periferias “O encontro de hoje é para materializar a teoria de uma prática de base e fazer essa teoria avançar para uma sociedade que queremos construir neste país. Quando a gente vê essa juventude com acesso a direitos, sem dúvida é a materialidade da utopia na prática concreta”, pontuou.

Durante a abertura também foi exibido o discurso em vídeo da reitora Roselane Neckel, que precisou viajar a Brasília a convite do Ministério da Educação e estava impossibilitada de comparecer. A reitora leu um texto de Luiz Eurico Tejera Lisbôa, uma das vítimas catarinenses da ditadura militar, e destacou a importância dos assuntos em pauta. “Espero que este evento contribua para que os jovens – e os não tão jovens – possam pensar sobre o significado de suas ações políticas em defesa dos direitos humanos em nosso país e fora dele”, enfatizou. A vice-reitora da UFSC, Lúcia Helena Martins Pacheco, presente na abertura, reforçou o apoio da Universidade ao debate. “A Universidade, com todo o investimento que recebe, deve proporcionar um retorno à sociedade”, complementou.

Também compuseram a mesa a coordenadora de Direitos Humanos da Secretaria de Estado da Casa Civil, Dirlei Maria Kafer Gonçalves, e o secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Assistência Social, Ricardo Bastos Pereira, que representou o prefeito de Florianópolis, César Souza Junior.

Programação

Logo após a abertura, o representante do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Rildo Marques de Oliveira, falou sobre o Fórum Nacional. No início da tarde, a apresentação cultural “De Olhos Fechados”, da artista Juliana Schiavo, buscou mostrar a violência que ocorre diariamente, mas que a maioria das pessoas se recusa a enxergar. Representantes de universidades, instituições de pesquisa e órgãos governamentais que atuam na área de direitos humanos estenderam-se sobre o tema em palestras que abordaram a questão em três eixos principais: “Direito à memória, verdade e justiça”, “Defesa dos direitos humanos e o enfrentamento às violências” e “Paradigmas de redução de desigualdades com base em direitos humanos”.

A programação do Seminário incluiu, ainda, a exibição de filmes da 8ª Mostra de Cinema sobre Direitos Humanos da América Latina e a exposição “1964-1985: Direito à Verdade e Memória Brasil e Santa Catarina”, de Sabrina Schultz.

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Fórum Mundial de Direitos Humanos

Mayra Cajueiro Warren
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