Livro da EdUFSC aponta caminhos para a sustentabilidade ambiental

25/06/2014 14:24

Apesar da escassa bibliografia disponível no País, a Química Verde está se consolidando como “uma nova atitude vital” na busca da sustentabilidade. A constatação está demonstrada no livro Introdução às Métricas da Química Verde – Uma visão sistêmica, do pesquisador Adélio Machado, do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (Portugal) . Publicada pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC), a obra surgiu no contexto do Projeto de Cooperação sobre “Educação Química na Perspectiva da Química Verde e da Sustentabilidade Ambiental”, viabilizado entre Brasil (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior  – Capes) e Portugal ( Fundação para a Ciência e a Tecnologia – FCT). “Em suma, a Química Verde, às vezes também designada por Química para a Sustentabilidade, é afinal Química para a durabilidade”, sintetiza o autor, que também agradece o apoio recebido do Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica da UFSC. Reconhece igualmente as sugestões do professor Santiago Yunes, do Departamento de Química da UFSC.

O livro, na opinião do professor Carlos Aberto Marques, que assina o prefácio, “torna-se, acima de tudo, um instrumento a serviço da Química e da regulação social da ciência e da tecnologia”. Suprindo uma carência de publicações na área, o livro da EdUFSC é recomendado para estudantes de graduação e de pós-graduação em Química. Proporcionando uma “visão integrada e mensurada das variáveis envolvidas na Química”, contempla também os campos do conhecimento da Engenharia Química e da Engenharia Ambiental. “ Como químicos, precisamos colocar a crise ambiental na perspectiva e patamar científicos, fugindo das armadilhas da moral e da racionalidade prática, assentando a análise do problema do ponto de vista sistêmico e termodinâmico, discutindo tanto a instabilidade das degradações energético – materiais das transformações químicas quanto o tema do alcance da sustentabilidade ambiental e suas formas”, averte Carlos Alberto Marques. É neste contexto, sublinha, que as preocupações e desafios socioambientais da Química Verde se desenvolvem na academia e na sociedade.

Além da visão integrada, Adélio Machado detalha as métricas consideradas adequadas para utilização nos laboratórios pelos químicos acadêmicos, tanto no ensino como na atividade científica. O pesquisador assinala que uma das suas motivações para publicação do livro é justamente “potencializar” a Química Verde nas novas gerações de químicos. Adélio Machado animou-se ao verificar, no cotidiano da sua universidade, que “a utilização de métricas de verdura química vem merecendo interesse crescente nas últimas duas décadas”. O pesquisador acredita que, considerando a importância da metrificação da verdura química, a temática conquiste merecido espaço nas escolas a universidades e empresas.

Criterioso  e didático, o autor inclui quadros, tabelas, gráficos e figuras. Até porque, como avisa, “a inclusão da apresentação e discussão de métricas em livros de Química Verde com objetivos didáticos, mesmo os publicados recentemente, é escassa”. Além das finalidades específicas e operacionais, e dos conceitos básicos para a compreensão da matéria, Adélio Machado apresenta aos leitores um quadro contendo os 12 Princípios da Química Verde, que, por si só, sustentam a adoção das teses defendidas no livro.

Mais informações:
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Moacir Loth /Jornalista da Agecom / UFSC
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