UFSC já deu posse a 151 novos professores em 2013
O último concurso para a contratação de professores realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está próximo de ser totalmente concluído. O edital oferecia 205 vagas para diversas áreas nos quatro campi da instituição. Até esta quarta-feira, dia 4, a UFSC nomeou 180 candidatos, dos quais 151 tomaram posse. A nomeação dos novos professores aconteceu antes do início do semestre para a maioria dos cursos, com exceção de 27 vagas ofertadas que não foram preenchidas pois não tiveram nenhum candidato aprovado.
Uma força-tarefa foi constituída para agilizar as contratações, envolvendo a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e os departamentos de Desenvolvimento de Pessoal (DDP) e de Atenção à Saúde (DAS) da Secretaria de Gestão de Pessoas (Segesp). Além disso, houve um esforço dos centros de ensino e dos departamentos, que remanejaram professores até que todos os novos possam assumir seus cargos.
Apesar disso, o segundo semestre de 2013 começou com defasagem de professores em alguns centros de ensino. A carência de docentes hoje se atribui aos processos seletivos não finalizados, aos trâmites legais de nomeação, posse e entrada em exercício – uma vez que os candidatos nomeados têm trinta dias para tomar posse e mais quinze dias para entrar em exercício – e à falta de candidatos aprovados. A administração afirma que essa falta de docentes é temporária e anuncia que um novo concurso para o magistério na UFSC deve ser aberto ainda neste ano.
Legislação
O lançamento do Edital nº08/DDP/2013, que previa a contratação dos 205 novos docentes, coincidiu com a aprovação da Leinº 12.772/2012, que alterou as regras de contratação e o plano de carreira para os cargos de magistério federal. A nova lei abriu oportunidades para professores ingressarem nas universidades mesmo sem mestrado ou doutorado. O edital foi alterado para contemplar a nova legislação e gerou um acréscimo no número de inscritos, que chegou a quase seis mil. As etapas do processo seletivo foram planejadas para atender aos milhares de candidatos; no entanto, cerca de 80% não compareceram para fazer as provas.
“Com essa quebra de logística tivemos que replanejar todos os processos – diárias dos participantes das bancas, gravações em vídeo das apresentações na prova prática, entre outros ajustes. Esperávamos um concurso muito maior, o que gerou um grande retrabalho”, informa Fernando Luz Carvalho, da Coordenadoria de Admissões, Concursos Públicos e Contratação Temporária.
Cronograma
O diretor do Departamento de Ensino (DEN) da Prograd, Adir Valdemar Garcia, explica que o processo de contratação de docentes costuma ser mais demorado. “São várias etapas, que incluem prova escrita dissertativa, prova didática, pareceres, recursos. Em média, o processo leva cerca de 30 dias. Quando é nomeado, o candidato ainda tem o prazo legal de 45 dias para começar a trabalhar”, detalha Garcia.
A diretora do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (DDP) Bernadete Quadro Duarte complementa que, com todas as alterações de cronograma, fez-se uma previsão otimista para que as nomeações começassem até 15 de agosto. No entanto, foi possível vencer esse prazo e começar a nomear professores em meados de julho. Duarte atribui esse êxito ao esforço continuado da equipe.
“Estamos com todo o processo do edital quase finalizado. O volume de trabalho tem sido muito maior do que esperávamos. A área de atenção à saúde, responsável pelos exames admissionais, trabalhou em regime de plantão. Passamos a dar posse aos novos servidores todos os dias. O nosso concurso coincidiu com processos seletivos de outras universidades, então tivemos dificuldades para formar bancas. Foram 668 pessoas participantes das bancas, uma logística complexa. Esse esforço de todos os setores refletiu muito na agilidade do processo de inclusão desses novos docentes em sala de aula”, explica a diretora.
A diretoria esclarece que a Universidade não conseguiu nomear os docentes mais rápido devido aos trâmites e à quantidade elevada de recursos. “São muitos os processos quando se entra com recurso, e isso nos atrasou muito”, complementa.
Outros campi
Os campi de Araranguá, Curitibanos e Joinville, que também participaram do processo seletivo, enfrentaram dificuldades com o cronograma. Araranguá foi o primeiro campus a finalizar os processos seletivos. Os demais campi tiveram o início do semestre adiado para o dia 2 de setembro.
“Houve muitos recursos, principalmente nas vagas de Joinville”, justifica a diretora do DDP. O campus de Joinville, segundo maior da UFSC, tinha o maior déficit de professores e terá 25 áreas contempladas com novos docentes.
Defasagem histórica
O diretor do DEN acredita que diversos fatores podem estar contribuindo para as muitas vagas de docência disponíveis. Garcia complementa que mais vagas surgirão, uma vez que o Ministério da Educação, que havia permitido a contratação de professores temporários do Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), declarou não renovar os contratos desses profissionais. “Perdemos 150 vagas de professores temporários. Estamos em uma defasagem histórica”, acrescenta.
Salézio Schmitz Junior, coordenador de Admissões, Concursos Públicos e Contratação Temporária, lembra que o acréscimo no número de aposentadorias na UFSC também contribui para aumentar a oferta de vagas. “As pessoas que entraram na década de 1980 estão se aposentando agora, tanto os professores como os servidores técnico-administrativos em Educação (TAEs). A perspectiva de renovação nos próximos anos é de 50% do quadro da UFSC – hoje formado por cerca de 3,1 mil TAEs e 2 mil professores”, justifica.
Mais informações:
Departamento de Desenvolvimento de Pessoas
Mayra Cajueiro Warren
Assessoria de Imprensa do Gabinete da Reitoria
imprensa.gr@contato.ufsc.br / mayra.cajueiro@ufsc.br
(48) 3721-4558