Conheça Pedro Teixeira, o estudante da UFSC que se destacou na Coréia do Sul

24/03/2014 10:40

Estudante da UFSC, Pedro Teixeira, ganha notoriedade durante intercâmbio na Coréia do Sul
Foto: Gabriela Dequech – DGC/UFSC

O estudante de Química da UFSC, Pedro Rolan Teixeira, acabou de voltar da Coreia do Sul, onde passou um ano como bolsista do programa Ciência sem Fronteiras, e já está se preparando para voltar. O aluno, que desenvolveu um purificador de água portátil usando uma impressora 3D, recebeu elogios do embaixador da Coreia e um convite: realizar o mestrado no país. Agora, Pedro se prepara para terminar a graduação na UFSC e, em 2015, pretende retornar a estudar no país asiático.

Pedro conta que sempre quis fazer intercâmbio, mas imaginava que seria muito difícil financeiramente. Foi quando um amigo que participou do Ciência sem Fronteiras na Alemanha o convenceu a se candidatar para participar do programa. “Quando eu me inscrevi para o programa, ele ainda não era tão famoso quanto é hoje, eu não sabia que ele existia”, afirma.

O aluno escolheu a Coreia do Sul pensando justamente nas oportunidades de estágio, mas faz questão de dizer que a experiência com o purificador de água foi “pura sorte”. Antes de viajar, Pedro trabalhava com química analítica, em um laboratório na UFSC, onde analisava conteúdo orgânico em águas para a PETROBRAS. Na Coreia, seu primeiro estágio foi em uma empresa, onde trabalhou com polímeros. “Não tinha nada a ver com água e nem com o purificador!”, ele ri.

O professor orientador do estágio na empresa tinha um projeto voltado para ações sociais no Camboja. Pedro explica que, na Coreia, existem diversos projetos sociais e que o país é empenhado em ajudar e contribuir com os países menos desenvolvidos. Assim o aluno foi convidado a participar da equipe que desenvolveu o purificador. No final do projeto, o grupo passou duas semanas no Camboja experimentando o produto.

Pedro Teixeira com o professor Shin Kwan Woo, a pesquisadora coreana Jihey Kim e as alunas Tel Tailos, Keo Raksmey e Chhay Kunthea
Foto: Arquivo pessoal

Para o estudante, a experiência no país asiático foi surpreendente. Fazendo uma pesquisa de mercado para o primeiro estágio, Pedro descobriu que a Coreia do Sul é líder na área de química e, há cerca de dois anos, ultrapassou o Brasil em produtos químicos. “As empresas são muito fortes e o curso de química é muito valorizado lá”, comenta. Como exemplo, ele conta que na Coreia do Sul é necessário cursar Química antes de cursar Farmácia e também que, quando o aluno conclui o curso de Química, está apto a ingressar no curso de Medicina.

Filho de embaixador, Pedro já havia morado em Singapura durante quatro anos na adolescência, então, em termos culturais, as surpresas não foram tão grandes. “As carnes e frutas lá na Coreia são muito caras, então a alimentação é bem diferente da nossa”, comenta. Além disso, Pedro elogia a organização do Ciência sem Fronteiras no país. “Com certeza, me ajudou muito na hora de conseguir os estágios e vai marcar minha vida profissional”.

O embaixador coreano Koo Bon-Woo, em carta para a Reitora da UFSC, destacou que o trabalho de Pedro ajudou a solucionar o grave problema de poluição da água no Camboja e que sua história foi amplamente divulgada pela mídia coreana. O embaixador também afirma que casos como esse são “a melhor evidência do sucesso do Ciência sem Fronteiras” e que, como representante do governo coreano, orgulha-se dos resultado na Coreia desse relevante programa de cooperação educacional.

Gabriela Dequech Machado
Estagiária na Diretoria-Geral de Comunicação
gabriela.dequech@grad.ufsc.br  / 3721-9319

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