UFSC já deu posse a 151 novos professores em 2013

04/09/2013 18:59

A Administração Central recepcionou os novos servidores da UFSC de 2013 em um evento no último 23 de agosto. Foto: Wagner Behr/Agecom/UFSC

O último concurso para a contratação de professores realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está próximo de ser totalmente concluído. O edital oferecia 205 vagas para diversas áreas nos quatro campi da instituição. Até esta quarta-feira, dia 4, a UFSC nomeou 180 candidatos, dos quais 151 tomaram posse. A nomeação dos novos professores aconteceu antes do início do semestre para a maioria dos cursos, com exceção de 27 vagas ofertadas que não foram preenchidas pois não tiveram nenhum candidato aprovado.

Uma força-tarefa foi constituída para agilizar as contratações, envolvendo a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e os departamentos de Desenvolvimento de Pessoal (DDP) e de Atenção à Saúde (DAS) da Secretaria de Gestão de Pessoas (Segesp). Além disso, houve um esforço dos centros de ensino e dos departamentos, que remanejaram professores até que todos os novos possam assumir seus cargos.

Apesar disso, o segundo semestre de 2013 começou com defasagem de professores em alguns centros de ensino. A carência de docentes hoje se atribui aos processos seletivos não finalizados, aos trâmites legais de nomeação, posse e entrada em exercício – uma vez que os candidatos nomeados têm trinta dias para tomar posse e mais quinze dias para entrar em exercício – e à falta de candidatos aprovados. A administração afirma que essa falta de docentes é temporária e anuncia que um novo concurso para o magistério na UFSC deve ser aberto ainda neste ano.

Legislação

O lançamento do Edital nº08/DDP/2013, que previa a contratação dos 205 novos docentes, coincidiu com a aprovação da Leinº 12.772/2012, que alterou as regras de contratação e o plano de carreira para os cargos de magistério federal. A nova lei abriu oportunidades para professores ingressarem nas universidades mesmo sem mestrado ou doutorado. O edital foi alterado para contemplar a nova legislação e gerou um acréscimo no número de inscritos, que chegou a quase seis mil. As etapas do processo seletivo foram planejadas para atender aos milhares de candidatos; no entanto, cerca de 80% não compareceram para fazer as provas.

“Com essa quebra de logística tivemos que replanejar todos os processos – diárias dos participantes das bancas, gravações em vídeo das apresentações na prova prática, entre outros ajustes. Esperávamos um concurso muito maior, o que gerou um grande retrabalho”, informa Fernando Luz Carvalho, da Coordenadoria de Admissões, Concursos Públicos e Contratação Temporária.

Cronograma

O diretor do Departamento de Ensino (DEN) da Prograd, Adir Valdemar Garcia, explica que o processo de contratação de docentes costuma ser mais demorado. “São várias etapas, que incluem prova escrita dissertativa, prova didática, pareceres, recursos. Em média, o processo leva cerca de 30 dias. Quando é nomeado, o candidato ainda tem o prazo legal de 45 dias para começar a trabalhar”, detalha Garcia.

A diretora do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (DDP) Bernadete Quadro Duarte complementa que, com todas as alterações de cronograma, fez-se uma previsão otimista para que as nomeações começassem até 15 de agosto. No entanto, foi possível vencer esse prazo e começar a nomear professores em meados de julho. Duarte atribui esse êxito ao esforço continuado da equipe.

“Estamos com todo o processo do edital quase finalizado. O volume de trabalho tem sido muito maior do que esperávamos. A área de atenção à saúde, responsável pelos exames admissionais, trabalhou em regime de plantão. Passamos a dar posse aos novos servidores todos os dias. O nosso concurso coincidiu com processos seletivos de outras universidades, então tivemos dificuldades para formar bancas. Foram 668 pessoas participantes das bancas, uma logística complexa. Esse esforço de todos os setores refletiu muito na agilidade do processo de inclusão desses novos docentes em sala de aula”, explica a diretora.

A diretoria esclarece que a Universidade não conseguiu nomear os docentes mais rápido devido aos trâmites e à quantidade elevada de recursos. “São muitos os processos quando se entra com recurso, e isso nos atrasou muito”, complementa.

Outros campi

Os campi de Araranguá, Curitibanos e Joinville, que também participaram do processo seletivo, enfrentaram dificuldades com o cronograma. Araranguá foi o primeiro campus a finalizar os processos seletivos. Os demais campi tiveram o início do semestre adiado para o dia 2 de setembro.

“Houve muitos recursos, principalmente nas vagas de Joinville”, justifica a diretora do DDP. O campus de Joinville, segundo maior da UFSC, tinha o maior déficit de professores e terá 25 áreas contempladas com novos docentes.

Defasagem histórica

O diretor do DEN acredita que diversos fatores podem estar contribuindo para as muitas vagas de docência disponíveis. Garcia complementa que mais vagas surgirão, uma vez que o Ministério da Educação, que havia permitido a contratação de professores temporários do Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), declarou não renovar os contratos desses profissionais. “Perdemos 150 vagas de professores temporários. Estamos em uma defasagem histórica”, acrescenta.

Salézio Schmitz Junior, coordenador de Admissões, Concursos Públicos e Contratação Temporária, lembra que o acréscimo no número de aposentadorias na UFSC também contribui para aumentar a oferta de vagas. “As pessoas que entraram na década de 1980 estão se aposentando agora, tanto os professores como os servidores técnico-administrativos em Educação (TAEs). A perspectiva de renovação nos próximos anos é de 50% do quadro da UFSC – hoje formado por cerca de 3,1 mil TAEs e 2 mil professores”, justifica.

Mais informações:

Departamento de Desenvolvimento de Pessoas

Departamento de Ensino

 

Mayra Cajueiro Warren
Assessoria de Imprensa do Gabinete da Reitoria
imprensa.gr@contato.ufsc.br / mayra.cajueiro@ufsc.br
(48) 3721-4558

Reitora fala do atendimento ao interesse público durante recepção a novos servidores

26/08/2013 11:08

A reitora Roselane Neckel destacou, em sua mensagem de boas-vindas aos professores e técnicos administrativos em Educação (TAEs) empossados desde janeiro de 2013, a necessidade dos novos trabalhadores assimilarem o histórico da instituição, seus valores e sua cultura organizacional. Roselane também recomendou aos novos servidores que pensem sempre no interesse público no trabalho diário, com uso consciente dos recursos da instituição.

Administração Central recepciona novos servidores da UFSC. Foto: Wagner Behr – Agecom/UFSC

A Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina recebeu os novos servidores em uma solenidade realizada na manhã desta sexta-feira (23). O evento contou com cerca de 100 pessoas, entre elas, servidores recém-empossados e também chefias, diretorias, secretários, pró-reitores e as reitoras da UFSC.

Antes de proferir sua mensagem, a reitora pediu que todos os presentes se apresentassem. Cada um disse seu nome, seu cargo e onde está lotado. Roselane então destacou que a política de nomeação de novos trabalhadores é a tradução de uma mudança na cultura organizacional da universidade. “Uma das propostas de nosso trabalho é de profissionalizar a gestão. Fizemos um grande diagnóstico de setores, como eles estavam dimensionados frente às demandas da universidade. Estudamos quais mudanças eram necessárias e usamos esse critério em todas as mudanças que realizamos”, ressaltou a reitora.

Nos anos de 2012 e 2013 a UFSC realizou alguns de seus maiores concursos. Foi nesse período também que a universidade teve seu maior número de nomeações. Desde janeiro de 2013 foram nomeados pouco mais de 200 servidores.

Em seu discurso de acolhimento, a vice-reitora Lucia Helena Martins Pacheco lembrou das dimensões e desafios ao administrar uma instituição como a UFSC. “Somos quase 50 mil pessoas nesta comunidade acadêmica, com um orçamento próximo ao da Prefeitura Municipal de Florianópolis”, demonstrou. “Bem-vindos! A sociedade catarinense, e a brasileira, precisa do trabalho de vocês. Aqui vocês terão oportunidades de se capacitar, se reciclar e fortalecer a instituição com o seu trabalho de equipe”, enfatizou a vice-reitora.

Interesse público

Em sua fala, Roselane Neckel pediu para os novos trabalhadores evitarem o desperdício do dinheiro público, respeitando sempre o interesse coletivo sobre o individual. “Um exemplo simples é o uso de folhas de papel. Digamos que cada setor utilize uma resma de papel e que cada resma custe 30 reais. Se somarmos 30 reais daqui e dali, chega-se a milhões de reais em resmas de papel. E se elas não são bem utilizadas, é desperdício porque esses milhões fazem falta na hora de adquirir uma cama para o HU, um equipamento para um laboratório”, exemplificou a reitora.

Carga horária

A carga horária de trabalho também foi tratada na mensagem de boas-vindas da reitora, que detalhou o processo de estudo e pesquisa realizada pelo grupo de trabalho Reorganiza e pontou que muitos debates acontecerão a respeito dessas mudanças em breve. “Em uma universidade não se pode fazer gestão baseada em ‘achismos’. Aqui é espaço de pesquisa, de reflexão, de construção coletiva. Organizamos junto com a Secretaria da Gestão de Pessoas e em parceria com os TAEs escolhidos em assembleia como representantes, um grupo de trabalho para fazer pesquisas sobre quem somos, onde estamos e o que fazemos. Eu sempre digo – até hoje não fui convencida que podemos ter 6h de trabalho nesta instituição. Só será tomada uma decisão quando tiver dados que mostrem que a UFSC tem condições de fazer isso. Depois disso ainda temos que levar isso ao governo federal. Embora todos falem em autonomia universitária, hoje mais do que nunca temos os órgãos de controle que fazem auditorias constantes aqui na UFSC. Recebo cotidianamente questionamentos em defesa do interesse público. Quem muda o contrato de trabalho que cada um aqui assinou é o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. Não cabe às reitoras definir as políticas da universidade. Essa é uma decisão de toda a Universidade,” enfatizou.

Compuseram a mesa a reitora, Roselane Neckel; a vice-reitora, Lucia Helena Martins Pacheco; a pró-reitora de Graduação, Roselane Fátima Campos; a pró-reitora de Pós-Graduação, Joana Maria Pedro; a secretária especial adjunta da Secretaria da Gestão de Pessoas, Suzana da Rosa Tolfo; a diretora do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas, Bernadete Quadro Duarte; e o coordenador de Admissões, Concursos Públicos e Contratação Temporária, Salézio Schmitz Junior.

Mayra Cajueiro Warren / Assessoria de Imprensa do Gabinete da Reitoria
mayra.cajueiro@ufsc.br / imprensa.gr@contato.ufsc.br
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