Pró-Reitoria de Pesquisa disponibiliza para testes novo formulário de registro de projetos de pesquisa

22/01/2016 12:55

A Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), a Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e a Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) trabalham na elaboração do Sistema Integrado de Gerenciamento de Projetos de Pesquisa e de Extensão (SIGPEX), que substituirá o Notes a partir de março. O novo Formulário de Registro de Projetos de Pesquisa está disponível para testes até o dia 12 de fevereiro.

“O segmento relativo à pesquisa está pronto, e optamos por disponibilizar o sistema para consulta a fim de coletar sugestões e detectar problemas. Esta é a versão 1.0 do SIGPEX, e melhorias serão progressivamente implantadas, de acordo com as necessidades dos usuários. Por isso, a colaboração neste momento é importante”, afirma o pró-reitor de Pesquisa, Jamil Assreuy Filho. Opiniões sobre a facilidade de inserção dos dados, a funcionalidade, e o nível de autoexplicação dos campos, por exemplo, serão analisadas pela equipe. O usuário deve utilizar o idUFSC para acessar o sistema.

Os dados inseridos não terão validade e serão apagados ao final da fase de testes. Após o preenchimento e envio para aprovação, será feita a análise do fluxo interno do projeto. De acordo com Assreuy, a proposta é de que o SIGPEX se torne uma ferramenta de gestão para todas as instâncias da Universidade. A previsão é de que os novos projetos sejam cadastrados pelo SIGPEX a partir do dia 7 de março – o Notes ficará disponível apenas para consulta e alterações dos projetos cadastrados anteriormente. Em 2015, foram cadastrados 1.192 projetos de pesquisa, e, no mesmo ano, a UFSC contabilizou 3.572 projetos vigentes.

A orientação é de que o usuário indique aba e tópico correspondentes ao apresentar uma dúvida ou sugestão, com a possibilidade de fazer captura de tela para ilustrar. As sugestões devem ser encaminhadas ao e-mail . Casos de dificuldade para acesso ao sistema devem ser relatados pelo mesmo endereço eletrônico.

Mais informações aqui.

Bruna Bertoldi Gonçalves / Jornalista / DGC / UFSC

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UFSC auxilia Incra na elaboração de projetos de agroindústrias para assentamentos no Brasil

23/11/2015 11:13

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) mantêm um termo de cooperação com o objetivo de estruturar e dar suporte técnico à

Reitoras da UFSC recebem autoridades do Incra e agricultores para balanço das atividades desenvolvidas. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Reitoras da UFSC recebem autoridades do Incra e agricultores para balanço das atividades desenvolvidas. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

elaboração e implantação de projetos de indústrias em assentamentos rurais de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. O Laboratório de Educação do Campo e Estudos da Reforma Agrária (Lecera) do Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural, vinculado ao Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFSC, coordena as atividades com a participação de alunos e professores vinculados ao laboratório.

As reitoras Roselane Neckel e Lúcia Helena Martins Pacheco e o diretor de Desenvolvimento de Projetos de Assentamentos do Incra, César Fernando Schiavon Aldrighi, representando a presidência do órgão, se reuniram no dia 13 de novembro, em Florianópolis, para realizar um balanço das atividades desenvolvidas. “Há cerca de três anos, fomos procurados para um termo de cooperação destinado a entender a demanda das compras públicas de alimentos para os equipamentos públicos de combate à fome e desnutrição. Realizamos criterioso estudo, indicando a complexidade da cadeia desses equipamentos e suas demandas por produção de alimentos para escolas, asilos, restaurantes populares, bancos de alimentos”, explica o coordenador do Lecera, Clarilton Edzard Davoine Cardoso Ribas. A equipe é composta por cerca de 30 bolsistas, cinco professores que atuam nos projetos das agroindústrias e técnicos contratados para viabilizar os trabalhos.

De acordo com o diretor de Desenvolvimento de Projetos de Assentamentos do Incra, o objetivo é ampliar o programa nacional de agroindústrias nos assentamentos – Terra Forte. “A UFSC tem nos ajudado muito na elaboração dos projetos agroindustriais para as cooperativas dos assentamentos não apenas de Santa Catarina, mas do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, e na avaliação da produção, além de assessorar o Incra em eventos nacionais. Essa cooperação, sem dúvida, será muito importante para a próxima etapa”, afirma Aldrighi. “A próxima etapa será a implementação dos projetos – colocar as indústrias em terra e fazê-las entrar em funcionamento”, complementa Ribas.

Aldrighi informa que a reforma agrária no Brasil tem, atualmente, em torno de 9.200 assentamentos, com 970 mil famílias, que ocupam cerca de 88 milhões de hectares no país. “A produção agropecuária nos assentamentos, com vistas à agroindústria, com certeza vai melhorar a renda e a qualidade de vida das famílias”, avalia. Há o envolvimento, nos quatro estados contemplados pelo termo de cooperação, de mais de 22 mil famílias, que são a base das cooperativas apoiadas. “Especificamente em Santa Catarina, temos mais de 2.500 beneficiadas. No estado, há mais de 6 mil famílias assentadas. Oficialmente, deveríamos atuar em 23 cooperativas, porém a demanda a campo foi muito superior e acabamos assumindo mais de 40 propostas de projetos agroindustriais para diversas cooperativas”, informa o articulador do termo de cooperação entre Incra e UFSC, Marcelo João Alves. As cooperativas apoiadas em Santa Catarina têm ação regional – Oeste, Planalto e Norte –, com atuação na cadeia produtiva do leite, das hortaliças, dos grãos e das carnes.

Para o coordenador do Lecera, é preciso conter o êxodo rural. “Os espaços urbanos perderam, há bastante tempo, a capacidade de assimilar gente. Um emprego na cidade pode significar um investimento de 1 milhão de dólares em indústria de alta tecnologia. Além disso, o estado tem que prover a esse retirante casa, equipamentos de saúde, educação, lazer, mobilidade. De outra parte, um posto de trabalho no campo custa entre 6 e 18 mil dólares. Inclusive do ponto de vista da racionalidade econômica, uma reforma agrária se sustenta”, defende Ribas.

O chefe de gabinete, Carlos Antonio Oliveira Vieira, o secretário de Relações Internacionais da UFSC, Luiz Carlos Pinheiro, Machado Filho, o superintendente do Incra em Santa Catarina, Fernando Lúcio Rodrigues de Souza, e agricultures de Santa Catarina e do Paraná beneficiários do Programa Terra Forte também participaram do encontro. Durante a reunião, o grupo organizou um conjunto de agendas para dar apoio e assessoria às agroindústrias.

Lecera

O Lecera foi fundado em 2006 e desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão. A atuação privilegia os camponeses assentados pela reforma agrária com o objetivo de viabilizar economicamente a permanência no campo. O critério sustentabilidade econômica, ambiental e social na produção de alimentos saudáveis e agroecológicos baliza as pesquisas científicas desenvolvidas.

O laboratório conta com quatro linhas de atuação: Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares (PMACs); Agricultura Urbana e Periurbana (AUP) e Segurança Alimentar e Nutricional (SAN); Educação do Campo; Planejamento, Implementação e Avaliação de Projetos de Produção de Alimentos Agroecológicos. Projetos de inclusão digital nos assentamentos, de capacitação para produção de alimentos, de gestão de cooperativas e oficinas de arte e cultura para juventude rural integram as atividades.

Para mais informações sobre o Lecera, acesse http://www.lecera.ufsc.br/.

Bruna Bertoldi Gonçalves / Jornalista / Diretoria-Geral de Comunicação / UFSC /

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