As reitoras Roselane Neckel e Lúcia Helena Martins Pacheco e a secretária adjunta de Gestão de Pessoas da UFSC, Juliana Blau, participaram de uma reunião com o Conselho de Unidade do Centro Socioeconômico (CSE) na última sexta-feira, 12 de dezembro. O encontro foi o último de 2014 da série proposta pelas reitoras para a discussão de temas de interesse dos centros de ensino.
O controle de frequência e assiduidade na UFSC foi um dos assuntos em pauta no encontro que reuniu cerca de 20 pessoas. A reitora Roselane Neckel contextualizou o processo de implantação de controle de frequência e assiduidade na Universidade com base nas recomendações do Ministério Público Federal (MPF), da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU).
Cerca de 20 pessoas participaram da reunião realizada no CSE no dia 12 de dezembro de 2014. Foto: Jair Quint/ Agecom/UFSC
A reitora citou o trabalho técnico de dimensionamento de pessoal realizado na Universidade e destacou a gestão de pessoas como uma das questões mais preocupantes para uma universidade. “Nosso déficit é real. Nós sabemos o tensionamento que isso produz na UFSC”, disse, após citar a existência de uma carência de mais de 400 servidores técnico-administrativos (TAEs) na instituição.
Foram feitos esclarecimentos sobre os impedimentos de 30 horas de forma generalizada na UFSC e repassadas informações sobre problemas judiciais que ocorreram em universidades que aderiram à referida carga horária. O grupo recebeu informações de estudos em curso sobre as possibilidades contempladas pelo artigo 3º do Decreto nº 1.590, de 10 de agosto de 1995, em setores como o Hospital Universitário (HU) e a Biblioteca Universitária (BU). “O que tivemos de resposta do trabalho de dimensionamento que foi feito é a demonstração inequívoca de que, mesmo que houvesse uma legislação federal que permitisse, nós não temos o número de TAEs adequado para a implantação dessa carga horária em todos os setores”, complementou Roselane.
Alguns participantes se manifestaram favoráveis à implantação do ponto eletrônico na Universidade. Melhoria na carreira dos TAEs, peculiariedades da carreira dos docentes, estágio probatório, processos de avaliação, horário de verão na UFSC, compensação de horário, progressão de professores, responsabilidade solidária das chefias, falta de funcionários, modernização de atos e processos administrativos, capacitação para cargos de chefia e política de gestão por competências foram outros assuntos abordados.
A reitora lembrou que as atividades-fins da instituição – ensino, pesquisa e extensão – estavam embasadas nas atividades administrativas. “Para além das questões pedagógicas, tudo depende do bom andamento dos processos administrativos. Pensar em qualidade acadêmica é pensar em excelência administrativa”, afirmou.
“A UFSC cresceu muito nos últimos dez anos. Internacionalização, atuação em várias áreas, cinco campi. É necessário capacitar as pessoas, entender os processos, melhorar as relações de trabalho, mas tudo isso implica mudanças de cultura”, avaliou a vice-reitora, Lúcia Helena Martins Pacheco.
O Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM), o Centro de Ciências Biológicas (CCB), o Centro Tecnológico (CTC), o Centro de Ciências da Educação (CED) e o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) também foram visitados. Os demais centros de ensino serão contemplados na agenda de visitas de 2015.
Bruna Bertoldi Gonçalves
Jornalista / Diretoria-Geral de Comunicação
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