Agradecimento e Apresentação

31/12/2014 08:57

Em nome da comunidade da Universidade Federal de Santa Catarina, agradecemos a Dirce Maris Nunes da Silva por sua dedicação e profissionalismo à frente da Biblioteca Universitária (BU), da qual foi diretora desde junho de 2012 até o final deste ano. A ela dirigimos nossa sincera gratidão e votos de sucesso em sua trajetória institucional e como pesquisadora.

Informamos que, a partir da próxima sexta-feira, 2 de janeiro de 2015, a bibliotecária/documentalista Sigrid Karin Weiss Dutra assumirá o cargo de diretora do Sistema de Bibliotecas da UFSC. Sigrid, que já foi diretora da BU durante 12 anos, foi selecionada após uma análise cuidadosa de seu perfil técnico e de sua experiência profissional. Desde 2009 estava cedida à Universidade Federal da Fronteira Sul para implantar um moderno sistema de bibliotecas naquela universidade. Sigrid também atua em representações de bibliotecários como a Associação Catarinense de Bibliotecários, a Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, da qual já foi presidente, e a International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA).

 

Florianópolis, 30 de dezembro de 2014.

 

Roselane Neckel e Lúcia Helena Martins Pacheco

Administração Central participa de reunião no CSE

16/12/2014 11:21

As reitoras Roselane Neckel e Lúcia Helena Martins Pacheco e a secretária adjunta de Gestão de Pessoas da UFSC, Juliana Blau, participaram de uma reunião com o Conselho de Unidade do Centro Socioeconômico (CSE) na última sexta-feira, 12 de dezembro. O encontro foi o último de 2014 da série proposta pelas reitoras para a discussão de temas de interesse dos centros de ensino.

O controle de frequência e assiduidade na UFSC foi um dos assuntos em pauta no encontro que reuniu cerca de 20 pessoas. A reitora Roselane Neckel contextualizou o processo de implantação de controle de frequência e assiduidade na Universidade com base nas recomendações do Ministério Público Federal (MPF), da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU).

Cerca de 20 pessoas participaram da reunião realizada no CSE no dia 12 de dezembro de 2014. Foto: Jair Quint/ Agecom/UFSC

A reitora citou o trabalho técnico de dimensionamento de pessoal realizado na Universidade e destacou a gestão de pessoas como uma das questões mais preocupantes para uma universidade. “Nosso déficit é real. Nós sabemos o tensionamento que isso produz na UFSC”, disse, após citar a existência de uma carência de mais de 400 servidores técnico-administrativos (TAEs) na instituição.

Foram feitos esclarecimentos sobre os impedimentos de 30 horas de forma generalizada na UFSC e repassadas informações sobre problemas judiciais que ocorreram em universidades que aderiram à referida carga horária. O grupo recebeu informações de estudos em curso sobre as possibilidades contempladas pelo artigo 3º do Decreto nº 1.590, de 10 de agosto de 1995, em setores como o Hospital Universitário (HU) e a Biblioteca Universitária (BU). “O que tivemos de resposta do trabalho de dimensionamento que foi feito é a demonstração inequívoca de que, mesmo que houvesse uma legislação federal que permitisse, nós não temos o número de TAEs adequado para a implantação dessa carga horária em todos os setores”, complementou Roselane.

Alguns participantes se manifestaram favoráveis à implantação do ponto eletrônico na Universidade. Melhoria na carreira dos TAEs, peculiariedades da carreira dos docentes, estágio probatório, processos de avaliação, horário de verão na UFSC, compensação de horário, progressão de professores, responsabilidade solidária das chefias, falta de funcionários, modernização de atos e processos administrativos, capacitação para cargos de chefia e política de gestão por competências foram outros assuntos abordados.

A reitora lembrou que as atividades-fins da instituição – ensino, pesquisa e extensão – estavam embasadas nas atividades administrativas. “Para além das questões pedagógicas, tudo depende do bom andamento dos processos administrativos. Pensar em qualidade acadêmica é pensar em excelência administrativa”, afirmou.

“A UFSC cresceu muito nos últimos dez anos. Internacionalização, atuação em várias áreas, cinco campi. É necessário capacitar as pessoas, entender os processos, melhorar as relações de trabalho, mas tudo isso implica mudanças de cultura”, avaliou a vice-reitora, Lúcia Helena Martins Pacheco.

O Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM), o Centro de Ciências Biológicas (CCB), o Centro Tecnológico (CTC), o Centro de Ciências da Educação (CED) e o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) também foram visitados. Os demais centros de ensino serão contemplados na agenda de visitas de 2015.

Bruna Bertoldi Gonçalves

Jornalista / Diretoria-Geral de Comunicação

imprensa.gr@contato.ufsc.br

Tags: BUCGUConselho de UnidadeCSEdocentesHUMPFReitorasSegespTAEsTCUUFSC

Administração Central disponibiliza sala para estudos na BU

06/06/2014 18:38

O acesso à Sala de Estudos Individuais, localizada no piso térreo da Biblioteca Universitária (BU), estará disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, a partir da próxima segunda-feira, 9.

O espaço que possui 320m2 e conta com 154 mesas está localizado à Rua Sampaio Gonzaga, na lateral oeste do prédio da BU, e poderá ser utilizado pelos estudantes para atividades acadêmicas. Os demais serviços da Biblioteca continuam suspensos, em função da greve nacional dos Técnico-Administrativos em Educação (TAEs).

Na tarde desta sexta-feira, 6, a Administração Central encaminhou um memorando circular aos diretores de centros ensino solicitando a identificação e viabilização de ambientes com condições adequadas de estudos aos alunos.

Reitoras emitem comunicado aos estudantes sobre ações durante a greve dos TAEs

30/05/2014 10:42

Esclarecimentos sobre as ações da Reitoria e as condições de permanência durante a greve
dos técnicos-administrativos em Educação

Em resposta à solicitação encaminhada a respeito do funcionamento do Restaurante e da Biblioteca Universitária no campus de Florianópolis durante o período de greve dos técnicos-administrativos em Educação, a Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina esclarece que:

1. A greve é um direito constitucional sobre cuja dinâmica os gestores das universidades federais não têm qualquer influência, tendo em vista que as negociações com a categoria se dão, essencialmente, no âmbito do Governo Federal, conforme ponto de pauta apresentado pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES).

2. O Conselho Universitário da UFSC, órgão máximo da instituição, já se manifestou com relação à greve, em nota aprovada em abril de 2014.

3. A situação de restaurantes e bibliotecas fechadas pode ser encontrada em quase todas as instituições federais de ensino superior cujos técnicos-administrativos em Educação estão em greve.

4. Desde que foi informada da deflagração da greve, a Reitoria buscou alternativas para viabilizar o funcionamento do Restaurante Universitário. A única saída possível foi a ampliação do atendimento no restaurante do Centro de Ciências Agrárias (localizado no Itacorubi) e a disponibilização de ônibus gratuitos saindo do campus da Trindade todos os dias. Não há condições para o funcionamento do restaurante do campus da Trindade, pois os servidores que atuam em áreas técnicas estratégicas e especializadas do setor estão em greve, o que inviabiliza sua abertura.

5. Quanto à Biblioteca Central, não é possível nenhuma solução alternativa para a abertura, ainda que parcial, do setor, já que não temos disponibilidade de pessoal para realizar os procedimentos mínimos de preservação do patrimônio.

6. Cabe destacar, ainda, que a ampliação do quadro de referência de novos técnicos-administrativos em Educação tem sido uma prioridade na agenda de solicitações da Reitoria da UFSC junto ao Ministério da Educação. Enquanto o número de estudantes na UFSC cresceu 42% entre 2002 e 2011, o número de técnicos cresceu apenas 4%. Segundo dados disponíveis no relatório do grupo de trabalho Reorganiza UFSC (ver tabela abaixo), no período entre 1980 e 2011 o número de estudantes subiu de 11.339 para 44.211. Já o número de técnicos-administrativos cresceu apenas de 1.901 para 3.005, ou seja, houve um incremento completamente desproporcional à demanda. Hoje temos um total de 3.457 vagas para técnicos-administrativos em Educação, das quais 3.109 estão ocupadas e 348 estão sendo preenchidas por meio de editais já em andamento. Sobre o déficit mencionado, o relatório do grupo de trabalho Reorganiza UFSC faz a seguinte análise:

Se tomada a evolução da população universitária ao longo dos 31 anos do período, enquanto o Corpo Discente apresenta um crescimento da ordem de 290%, o Corpo Funcional cresce apenas 43%. A quantidade de servidores docentes e TAEs, em relação à população universitária, passa de 25% para 10%, ou seja, se na UFSC, em 1980, havia para cada 3 estudantes um servidor docente ou TAE, em 2011, havia para cada 9 estudantes um servidor docente ou TAE. Entre os TAEs, chama a atenção a relação Nº de TAEs a cada mil estudantes entre os anos de 1989 e 2010, onde a razão passa de 219 para 66, uma queda de 70%. No mesmo sentido, destacamos o aumento do percentual de TAEs do HU em relação ao total de TAEs na UFSC: de 20% (1980) passa a 44% (2011).

7. A Reitoria já fez quatro reuniões com o Comando Local de Greve. Nelas, sempre faz questão de destacar a importância dos espaços da Biblioteca e do Restaurante Universitário para a vida acadêmica, especialmente dos estudantes. No entanto, amparados pelo direito de greve, reafirmaram o fechamento desses setores.

8. Preocupada com o funcionamento dos serviços essenciais da Universidade, a Administração Central encaminhou o Ofício Circular nº 14/2014/GR para o Comando Local de Greve em 14 de abril de 2014, destacando a importância de se retomarem tais atividades. Contudo, recebemos a resposta do Comando Local de Greve via ofício informando que nenhuma das atividades elencadas seria retomada.

9. No que tange ao funcionamento do Restaurante Universitário e da Biblioteca Central, cabe-nos frisar, ainda, que os próprios estudantes, reunidos no Conselho de Entidades de Base (CEB) em 21 de março de 2014, aprovaram uma nota de apoio incondicional à greve dos técnicos. Ressalte-se que havia duas propostas em pauta, das quais a primeira foi aprovada por maioria:

a. “Uma nota incondicional de apoio à greve”;
b. “Uma nota de apoio condicionada à abertura parcial imediata do Restaurante Universitário e da Biblioteca Central”.

10. Diante de um quadro que, enfatizamos, é nacional, reforçamos que em todos os momentos a Reitoria priorizou o diálogo e o respeito a todos e todas, buscando manter a maior parte das atividades essenciais. Também deu primazia ao atendimento aos estudantes com situação de vulnerabilidade socioeconômica, a fim de minimizar os prejuízos advindos de um período de greve.

11. Todo o esforço da equipe da gestão tem sido para manter a UFSC funcionando, em respeito àqueles/as que não estão em greve, mas é impossível acreditar que poderemos passar por uma greve sem ter de administrar dificuldades de toda ordem. Esta não é a situação que desejamos, mas é a que temos no momento.

Reafirmamos a nossa disponibilidade para o diálogo, lembrando que esta Reitoria não pode se opor a direitos legalmente constituídos, porém compromete-se a levar novamente a solicitação dos estudantes ao Comando Local de Greve a fim de que se possa encontrar uma solução alternativa o mais rapidamente possível, garantindo o necessário diálogo na busca do encaminhamento das diferentes questões presentes em sua pauta de reivindicações e, sobretudo, mantendo o clima de respeito mútuo necessário a uma convivência democrática e à defesa dos ideais de uma universidade pública de qualidade.

Florianópolis, 29 de maio de 2014.

 

Roselane Neckel e Lúcia Helena Martins Pacheco
Reitoras da UFSC

 

População universitária da UFSC entre 1980 e 2011. (Fonte: Relatório do grupo de trabalho Reorganiza UFSC)

Tags: greveNota aos estudantesReitoras

Funcionamento do Sistema de Bibliotecas da UFSC no horário de verão e prazos de empréstimos

13/12/2013 12:54

Empréstimo da Biblioteca nas férias e no horário de verão: 

Data

Horário

14, 15 e 16/12

Não haverá expediente (Vestibular)

17, 18, 19/12

13h às 19h

20/12

7h às 13h

23, 24 e 25/12

Não haverá expediente

26/12

13h às 19h

27/12

7h às 13h

30, 31/12 e 01/01

Não haverá expediente

02/01/2014

13h às 19h

03/01

7h às 13h

06/01 a 17/02

Segunda a quinta-feira, das 13h às 19h

Sexta-feira, das 7h às 13h

Sem expediante aos sábados

O prazo do “empréstimo de férias” será considerado apenas para os materiais emprestados e/ou renovados a partir de 9 de dezembro de 2013*.

*O prazo referido acima será de 9/12/2013 até 24/3/2014, exceto para CD-Room, DVD e VHS.

Os materiais emprestados e/ou renovados anteriormente a 9/12/2013 terão o prazo de empréstimo normal (15 dias para graduandos/egressos e 30 dias para pós-graduandos/servidores técnicos e docentes) e deverão ser devolvidos ou renovados no prazo de empréstimo para não gerar multa.

Não se esqueça de renovar suas obras no Sistema Pergamum para usufruir o empréstimo de férias: a renovação não será automática.

Com o início do recesso escolar, fique atento ao horário de atendimento, consoante o Memorando Circular nº 48/2013/GR, de 29 de novembro de 2013, referente ao recesso de final de ano e horário de verão.

Conheça João Oscar do Espírito Santo, chefe da Divisão de Assistência ao Usuário

27/11/2013 16:52

“Com a leitura, as pessoas conseguem enxergar novos horizontes e ter uma maior compreensão do mundo”, diz João Oscar do Espírito Santo, chefe da Divisão de Atendimento ao Usuário (DAU) da Biblioteca Universitária (BU). “Além disso, a pessoa consegue compreender melhor o outro, mesmo que o outro não a compreenda”. João trabalha na Biblioteca da UFSC há 32 anos. Foi lá que se sentiu “convidado” a viver no mundo da leitura, descobriu clássicos da literatura e o prazer de “se encontrar” na área profissional.

O bibliotecário nasceu em Florianópolis e teve uma infância “mais arregada”, como diz, com um inconfundível sotaque local. Jogava bola, ia a praia e tomava banho em rio. Decidiu trabalhar na UFSC por influência do irmão, que era servidor na época. Fez o teste de datilografia e, em dezembro de 1981, começou a desdobrar as fichas do setor de processamento técnico da Biblioteca. João acompanhou a expansão e a evolução da BU. Acredita que, em termos de tecnologia, existiram duas fases distintas para o setor. “Em 30 anos aconteceu uma revolução aqui em termos de autonomia para o usuário”, explica. Como exemplos, ele cita o scanner – onde os usuários digitalizam seus documentos por conta própria – e o balcão de autoempréstimo.

João, 32 anos de Biblioteca Universitária
Foto: Gabriela Dequech – AI/GR

Ele ainda lembra o tempo em que a rampa de acesso ficava do lado de fora da construção e o curso de Biblioteconomia, que hoje está localizado no Centro de Ciências da Educação (CED), era localizado dentro do prédio da Biblioteca. João, que é graduado em Biblioteconomia, conta que chegou a frequentar cinco semestres de Geografia antes de trocar de curso. Ele afirma que gostava de estudar Ciências Naturais, mas, como já estava trabalhando na BU, passou a se interessar mais pelos processos da Ciência da Informação. “A Biblioteca é um centro de documentação, onde fica armazenada toda a produção de conhecimento da UFSC”, explica. “É o cérebro da Universidade”.

Morador da Cachoeira do Bom Jesus, João ainda gosta de frequentar a praia. Jogar frescobol e mergulhar estão entre suas atividades preferidas. Casado, tem uma filha de 23 anos e possui sete cachorros. A filha cursa Veterinária e ele acredita que a vivência com os animais de estimação talvez a tenha influenciado na escolha da profissão.

Durante 18 anos, João foi responsável por receber os jornais e revistas do Setor de Periódicos da Biblioteca e, há seis, é chefe da Divisão de Assistência ao Usuário (DAU). Gosta de observar a movimentação dentro da Biblioteca, conhecer as pessoas e trocar informações. Não por acaso, é um apaixonado por leitura, e os livros que retratem o cotidiano e a vida das pessoas de forma simples são seus preferidos. Para ele, os mais marcantes foram “O conto da ilha desconhecida”, de José Saramago, “O alienista”, de Machado de Assis e “O estrangeiro”, de Albert Camus.

Representante da equipe da DAU, ouve e conversa com os usuários dos serviços da Biblioteca e ajuda a desenvolver produtos, sempre visando aumentar a autonomia do usuário. João brinca que é quase um ombudsman da Divisão. Nunca pensou em atuar em outro setor da Universidade. “Trabalhar na Biblioteca é uma dádiva”, diz. “Quem trabalha aqui não tem do que reclamar, do ponto de vista da autonomia e do conhecimento também”.

Gabriela Dequech Machado
Estagiária na Assessoria de Imprensa do Gabinete da Reitoria – UFSC
(48) 3721-4558

BU terá várias atividades para comemorar a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca

16/10/2013 14:57

Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A Biblioteca Central da UFSC informa que em comemoração a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca estará aberta das 7h30min às 24h, nos dias 29, 30, 31 de outubro e 1º de novembro. A Biblioteca está programando uma série de atividades para a comunidade, entre elas cursos de capacitação, exposições e exibição de filmes. A entrada é franca.

Confira a programação.
(mais…)

UFSC desenvolve ações para promover acessibilidade aos estudantes

23/09/2013 12:34

A Coordenadoria de Acessibilidade Estudantil (CAE) da Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi instituída no mês de agosto. A equipe, formada por duas pedagogas, uma fonoaudióloga e uma psicóloga educacional, atende estudantes e presta assessoria aos cursos de graduação e de pós-graduação da Universidade. O grupo propõe reuniões semestrais com coordenadores de cursos e com professores das disciplinas em que os alunos atendidos estão matriculados para planejamento de estratégias pedagógicas.

Além disso, o setor ministra cursos para docentes por meio do Programa de Formação Continuada (Profor) e, atualmente, trabalha na formulação de diretrizes de trabalho e na construção da política de acessibilidade da Universidade, com base na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Congresso/DLG/DLG-186-2008.htm) e em legislações nacionais.

“O trabalho da Coordenadoria tem foco na eliminação das barreiras do contexto, que podem ser as referências visuais para um estudante com deficiência visual, por exemplo. Trabalhamos para criar condições igualitárias de acesso ao conhecimento. O aluno pode ter condições diferentes, mas a ideia é que tenha as mesmas oportunidades dos outros alunos”, esclarece a coordenadora Patrícia Muccini Schappo.

Sete bolsistas auxiliam os alunos com deficiência na organização dos estudos. Cinco deles participam de estágio não obrigatório e dois integram o projeto Núcleo de Acessibilidade da UFSC, contemplado pelo edital do Programa de Bolsas de Extensão (Probolsas) da Pró-Reitoria de Extensão desde 2011. Os bolsistas são acompanhados e supervisionados pela CAE.

Patrícia Schappo explica que são avaliadas as particularidades de cada caso, como o tipo de deficiência e as demandas dos cursos. “O bolsista transcritor auxilia nos registros das aulas. Já o bolsista descritor é indicado para alunos com deficiência visual. Ele descreve todo o material que é apresentado de forma visual, como os slides de uma aula”, diz.

Mapeamento

A CAE fez o mapeamento dos estudantes com deficiência com o auxílio da Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (SeTIC) por meio do Sistema de Controle Acadêmico da Graduação (CAGR). O levantamento, realizado no primeiro semestre letivo deste ano, apurou que 111 alunos de graduação e 10 de pós-graduação dos campi de Araranguá, Curitibanos, Joinville e Florianópolis se enquadram nesse perfil. Deficiência visual, deficiência auditiva, surdez, surdocegueira, transtorno do espectro autista, nanismo, deficiência física, mobilidade reduzida e deficiência intelectual foram características identificadas entre os alunos.

Antes da criação da CAE, o trabalho com foco na acessibilidade dos estudantes era organizado de outra forma. No final de 2010, o Comitê de Acessibilidade, composto por servidores técnicos e docentes, foi formalizado. Em outubro de 2012, criou-se o Núcleo de Acessibilidade, uma exigência do Governo Federal. O Programa Incluir, do Ministério da Educação (MEC), propõe ações para garantir o acesso de pessoas com deficiência às instituições federais de ensino superior. Até o ano passado, as universidades concorriam aos recursos destinados à criação dos núcleos por meio de seleção. Em 2013, a política de editais foi extinta e o MEC passou a encaminhar recursos às instituições que têm alunos com deficiência matriculados.

“A diferença entre o Núcleo e a Coordenadoria é a organização institucional. Durante muito tempo foram desenvolvidas ações isoladas na Universidade. Havia um grupo de servidores nomeados por portaria que tinham carga horária de dez horas semanais para se dedicar a esse trabalho. O poder de ação era limitado e não tínhamos um espaço físico”, relembra a coordenadora Patrícia Muccini Schappo.

Parcerias

A CAE desenvolve parcerias internas com Subcomitê de Acessibilidade – grupo que desenvolve um estudo avaliativo sobre as condições de acessibilidade nos campi da UFSC –, com o Núcleo de Fonoaudiologia do Hospital Universitário (HU) e com a Biblioteca Universitária (BU). Há também uma parceria externa, com a Associação Catarinense para Integração do Cego (ACIC).

A BU possui o Ambiente de Acessibilidade Informacional (AAI), através do qual é possível produzir material acessível em diferentes formatos. Lupa, tablet, webcam, sistema FM de comunicação sem fio – artifício que aumenta a qualidade do áudio – mouse adaptado para pessoas com deficiência na motricidade fina e outras tecnologias assistivas estão disponíveis para empréstimo. O ambiente para estudo está localizado no piso térreo da Biblioteca.

“O AAI possibilita a socialização da informação. A cada dia, aumenta a demanda para produção de material acessível para os nossos alunos. Temos acervo em braile, acervo digital, materiais em áudio, textos com fonte maior para alunos com baixa visão. Disponibilizamos também scanner e softwares específicos para leitura”, comenta a diretora da BU, Dirce Maris Nunes da Silva.

De acordo com Clarissa Pereira, auxiliar de biblioteca que trabalha no AAI há quase dois anos, o AAI iniciou como projeto em 2006. Em outubro de 2011 começaram as atividades regulares. Atualmente, 24 alunos são atendidos de forma individualizada. “O AAI atende principalmente alunos com deficiências visuais diversas e com paralisia. Porém, também temos vinculados ao ambiente alunos com Síndrome de Irlen e dislexia que também necessitam de adaptações em seu material de aula. O tipo de material mais utilizado pelos alunos do AAI é a adaptação para alunos cegos, surdocegos e com baixa visão. O aluno com qualquer deficiência quanto ao acesso à informação pode se vincular ao AAI”, explica.

“Um aluno com paralisia cerebral pode utilizar um mouse adaptado e a colmeia, que é uma placa de acrílico acoplada ao teclado na qual há uma perfuração em cada tecla, para que o aluno introduza o dedo para teclar. Essa tecnologia bloqueia o descontrole motor. Todo o material disponibilizado pelos professores nas disciplinas vai para o

Colmeia e mouse adaptado disponíveis no AAI da BU
Foto: Gabriela Dequech – AI/GR

AAI para que seja produzido em formato acessível. Tudo que é produzido fica no acervo da BU. Assim, o material que um aluno utiliza neste semestre poderá ser utilizado por outro aluno no próximo”, informa Patrícia.

A CAE solicitou à SeTIC modificações nos sites da UFSC para que sejam acessíveis às pessoas com deficiências sensoriais. Por meio do uso de ferramentas que analisam a acessibilidade de sites, foram desenvolvidos relatórios, que serviram de base para algumas alterações.

“Fizemos adaptações técnicas nos campos do HTML para que os softwares usados pelas pessoas com deficiência visual tenham maior compatibilidade com as páginas da UFSC. Há cerca de três semanas disponibilizamos uma versão já com as pendências solucionadas. Estamos trabalhando para desenvolver um novo layout para os sites da Universidade, e levaremos em conta a acessibilidade”, explica o coordenador de Data Center e Serviços da SeTIC, Guilherme Arthur Gerônimo.

A equipe trabalha em conjunto com os bolsistas para criar uma página institucional da CAE com a proposta de esclarecer dúvidas e divulgar informações sobre o trabalho que desempenha. A previsão é de que o site esteja em funcionamento até o final do mês de outubro. “Optamos pelo blog por ser um formato interativo”, esclarece Patrícia.

Desafios

Esclarecer para a comunidade da UFSC o que é acessibilidade é uma das principais dificuldades enfrentadas pela equipe. De acordo com Patrícia, o desafio é mexer na estrutura, pois a maioria dos setores não possui espaço físico adequado para pessoas com deficiência. “Propor mudanças nem sempre é fácil, ainda mais se o conceito de acessibilidade não está claro. Muitos veem deficiência como incapacidade; nós vemos como uma condição humana. Ainda se confunde acessibilidade com assistencialismo, com concessão de privilégios. Precisamos esclarecer que acessibilidade é criar condições de acesso e eliminar barreiras”, diz.

A UFSC apresenta carência de intérpretes de nível superior da língua brasileira de sinais (Libras). A instituição conta com sete profissionais. A Administração Central busca soluções junto ao MEC para a contratação de intérpretes. “Seria importante termos intérpretes de Libras trabalhando em conjunto com a CAE. A equipe está em construção e precisa de um assistente em Administração que ajude a cumprir com os trâmites institucionais. Estamos sempre atendendo alunos, professores e familiares e nem sempre damos conta das exigências burocráticas”, comenta a coordenadora.

Os campi de Araranguá, Curitibanos e Joinville são assessorados pelo CAE. Ainda não há núcleos de acessibilidade nesses campi. Uma assistente social em Araranguá e uma assistente social e um técnico em assuntos educacionais em Curitibanos atuam como agentes cooperativos de acessibilidade. “Foram realizadas reuniões técnicas para apresentar a Coordenadoria e solicitar profissionais para atuar em conjunto nos campi”, explica Patrícia. Os membros da CAE ainda não visitaram o campus de Joinville, mas a previsão é de que a visita aconteça ainda neste ano.

Além de trabalhar com alunos da graduação e da pós-graduação, a CAE dá suporte ao Colégio de Aplicação e ao Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) da UFSC. A coordenadora relata a dificuldade de estruturar a acessibilidade no ensino superior. “Cada profissional da equipe está desenhando suas atribuições. Não há um modelo como há na educação básica. Tentamos contato com setores de acessibilidade de outras universidades, mas percebemos que estão todos em fase de implantação ou voltados para uma deficiência em especial”, pontua.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (48) 3721-4648 ou pelo e-mail acessibilidade@contato.ufsc.br.

Bruna Bertoldi Gonçalves
(48) 3721-9319 / bruna.bertoldi@ufsc.br
Assessoria de Imprensa do Gabinete da Reitoria / UFSC

Sistema de Bibliotecas da UFSC adota nova versão do aplicativo Pergamum

27/08/2013 15:04

Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

O Sistema de Bibliotecas da UFSC (SiBi/UFSC) é composto por 9 bibliotecas: a Biblioteca Central e as setoriais do Centro de Ciência Físicas e Matemáticas (CFM), do Centro de Ciências da Saúde (CCS), do Centro de Ciências da Educação (CED), do Centro de Ciências Agrárias (CCA), do Colégio de Aplicação (CA)  e as setoriais dos campi de Araranguá, Curitibanos e Joinville. Seu acervo conta com 792 mil exemplares, sendo cerca 243 mil títulos, entre livros, periódicos, teses, dissertações, obras raras, CDs, DVs, mapas e outros tipos de materiais. Para o gerenciamento dos seus  processos, a  BibliotecaUniversitária utiliza o sistema Pergamum, que vem passando por mudanças para se adequar aos avanços e demandas tanto da biblioteconomia quanto das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs),  resultando em novas customizações e aplicações.

A nova versão web do software (Pergamum Web), agora em SQL, surge como uma evolução do aplicativo Pergamum em cliente servidor. Com isso pode  ser utilizado por meio de  qualquer navegador de internet e intranet, dispensando a instalação individual nos equipamentos. Essa versão está em uso na UFSC desde julho deste ano.

O usuário passa a ter uma tela de consulta mais amigável, com mais recursos de buscas e filtros de pesquisas. Em breve poderá consultar também, na mesma tela do Pergamum, todas as bases de dados disponíveis nas Bibliotecas da UFSC. Além disso, o próprio usuário poderá imprimir sua declaração de nada consta, não havendo mais necessidade de se deslocar até uma das  Bibliotecas para gerar o documento. A médio prazo poderá atualizar seus dados cadastrais também diretamente via web.No módulo de aquisição, projeto a longo prazo, vai trabalhar com níveis de hierarquia, podendo definir mais adequadamente as demandas de cada Centro de Ensino e das Bibliotecas.

Saiba mais:

Alita Diana/Jornalista da Agecom/UFSC
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