Reitoria lamenta impasse nas negociações para fim da greve dos TAEs

22/05/2014 11:51

A Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vem a público informar que lamenta os últimos acontecimentos decorrentes do<strong> </strong>impasse das negociações para o fim da greve nacional da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA), deflagrada no dia 17 de março. Na manhã desta quinta-feira (22), técnico-administrativos em Educação (TAEs) em greve bloquearam os acessos ao <em>campus</em> de Florianópolis, impossibilitando a passagem de veículos. De acordo com informações divulgadas no <em>site</em> do Sindicato dos Trabalhadores da UFSC (SINTUFSC), há uma orientação nacional para atos locais nas universidades federais. A Administração Central já reiterou publicamente a proposta de redução progressiva da jornada de trabalho nos setores em que a legislação possibilita – naqueles onde há trabalho noturno – para um turno único após as 21h, conforme leis e decretos federais. Estes setores seriam, a princípio, o Hospital Universitário, o Departamento de Segurança e a Biblioteca Universitária. A Gestão da UFSC permanece aberta ao diálogo em nível local e trabalha na intermediação, junto ao Governo Federal, para o fim da greve. Na última quarta-feira (21), a reitora Roselane Neckel esteve em Brasília com o intuito de contribuir para as negociações, tendo em vista que as reivindicações demandam decisões externas, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).<a href=”http://noticiasdagestao.paginas.ufsc.br/files/2014/04/oficio_circular_11_2014_GR.pdf”> Um ofício com as respostas da Reitoria à pauta interna</a> foi entregue aos TAEs em greve durante reunião com o Comando-Local de Greve no dia 11 de abril.

Confira o pronunciamento da reitora Roselane Neckel durante ato dos TAEs em greve realizado no dia 15 de maio, no hall da Reitoria:

Tags: acessoscampusFlorianópolisgreveReitoriaTAEsUFSC

Gestão Roselane-Lúcia completa dois anos à frente da UFSC

10/05/2014 10:57

Estamos completando hoje, dia 10 de maio de 2014, dois anos à frente da Administração Central da UFSC. Para celebrar a data, disponibilizamos à comunidade o  UFSC em Ação, publicação que começa a circular ainda este mês e que reúne notícias e reportagens publicadas em 2013. Elas demonstram parte do que foi feito pela atual gestão nos 12 meses do ano anterior, em diversas áreas estratégicas da Universidade.

Aproveitamos a data de hoje, ainda, para reproduzir trecho do texto escrito pelas Reitoras Roselane Neckel e Lúcia Helena Martins Pacheco no  Relatório de Gestão 2013, aprovado por unanimidade pelo Conselho Universitário (CUn) no último mês de março.

 

******

“Apesar das dificuldades pelo número insuficiente de servidores docentes e técnico- administrativos na UFSC, em 2013 implementamos diversas ações prioritariamente voltadas à permanência estudantil e à construção de obras necessárias para a melhoria da qualidade científica, pedagógica e acadêmica da instituição. Este relatório demonstra como e por que o fizemos. Várias ações administrativas e acadêmicas foram concretizadas demonstrando o compromisso de todos na busca da excelência da gestão pública.

Poderíamos elencar muitas outras, mas destacamos algumas ações que exemplificam o compromisso exposto acima: o combate à corrupção e demais formas de desvio que trazem prejuízos à administração pública com a criação de uma checklist institucional para a apresentação de projetos de pesquisa e extensão; a prioridade na execução de obras atrasadas há mais de quatro anos; a captação recorde de recursos do edital CT-Infra FINEP; o excelente desempenho dos programas de pós-graduação, de acordo com a última avaliação da CAPES, ou, ainda, os conceitos obtidos pelos cursos de graduação avaliados pelo Enade. Todas, sem exceção, estão em sintonia com os objetivos que nos regem desde maio de 2012, quando chegamos à Reitoria da UFSC. Nossa equipe tem se empenhado continuamente para que a instituição atenda a tudo aquilo que estabelecem os órgãos de controle e busca orientar a comunidade universitária para que as ações executadas pelos diferentes atores estejam em consonância não só com o que preconiza a legislação superior, mas com a meta maior de gerir esta Universidade visando à qualidade e à eficiência, sem jamais esquecer que ela é formada por pessoas, com diferentes histórias de vida, trajetórias e sonhos.

Cabe destacar que muitos desses temas estiveram em pauta na maior parte das 33 reuniões do Conselho Universitário realizadas em 2013, o que demonstra o nosso compromisso com a transparência e a democracia. Mais do que números, este relatório mostra o quanto a nossa equipe tem se empenhado, ao mesmo tempo em que revela o que ainda precisa ser melhorado. Sabemos que a missão é árdua, difícil, mas é gratificante verificar como avançamos em relação ao ano anterior e quanto poderemos avançar nos anos vindouros.

Em 2014 tivemos o início das atividades no quinto campus da UFSC, na cidade de Blumenau, com a oferta de 500 vagas em novos cursos de graduação. A pactuação foi assinada em maio de 2012 e os projetos pedagógicos foram elaborados durante o ano de 2013. O número de vagas de professores e técnico-administrativos são suficientes para os cursos que foram criados, situação diferenciada daquela dos campi criados entre 2008 e 2009.

Por tudo isso, uma vez mais, desejamos que este relatório possa subsidiar diálogos futuros e estimular a busca conjunta de soluções para os problemas que enfrentamos cotidianamente. O ano de 2013 nos mostrou que, quando temos pessoas comprometidas com uma universidade pública, gratuita, de qualidade e inclusiva, os avanços são evidentes.  Seguiremos adiante comprometidos com o conhecimento, a cidadania e a administração pública transparente e voltada ao interesse público.

Audiência pública discute cessão de terreno para alargamento da Edu Vieira

30/04/2014 18:05

A audiência pública reuniu cerca de 200 pessoas, membros da comunidade universitária e moradores dos bairros no entorno do campus. (Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC)

A audiência pública realizada nesta terça-feira, 29 de abril, com caráter consultivo, terminou com a recomendação de que o Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estabeleça um prazo para a Prefeitura Municipal de Florianópolis (PMF) apresentar à comunidade o projeto final para o alargamento da Rua Deputado Antônio Edu Vieira, no bairro Pantanal, e só então delibere sobre a cessão do terreno necessário à duplicação da via. A audiência contou com a presença de membros da comunidade universitária e de moradores dos bairros do entorno, com ampla participação popular e contribuições que serão discutidas na próxima sessão do CUn, marcada para o dia 6 de maio.

Compuseram a mesa representantes de cada esfera interessada: Lírio José Legnani e Norton Makowiecky, representando a PMF, Albertina da Silva de Souza e o professor Fernando Barth, representando a comunidade do Pantanal, e Carlos Roberto Vieira e o professor Werner Kraus Jr., representando a UFSC. Participaram também os relatores Hélio Rodak Jr. e Denise Siqueira.

Os cerca de 200 presentes puderam ouvir relatos dos participantes da Comissão de Estudos de Transporte e Mobilidade da Universidade Federal de Santa Catarina e da Bacia do Itacorubi (CETM/UFSC) – formada por representantes da UFSC, da Prefeitura Municipal e da comunidade do entorno – e contribuir com suas ideias e reivindicações. Mais de 20 pessoas pediram a palavra – muitas reivindicando que o projeto definitivo da PMF para a via, com as especificações técnicas determinadas pela comissão, fosse apresentado em uma nova audiência pública, para que possa ser demonstrado visualmente e discutido de forma mais palpável. A relatoria da audiência coube ao engenheiro Hélio Rodak de Quadros Júnior, conselheiro do CUn e relator de vistas do processo de cessão do terreno da Edu Vieira.
(mais…)

Reitoria da UFAC envia nota de apoio à UFSC

30/04/2014 17:38

NOTA DE APOIO


A Reitoria da Universidade Federal do Acre se solidariza com a Reitora da Universidade Federal de Santa Catarina face ao acontecido no último final de março. Defendemos irrestritamente os princípios constitucionais e as regras estabelecidas pela administração pública brasileira (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência), onde a democracia e liberdade sejam defendidas continuamente.

Não podemos admitir no interior do Campus Universitário, atitudes que impeçam o pleno funcionamento acadêmico de uma Instituição de ensino superior. Os professores, estudantes e técnico-administrativos sempre devem gozar de todas as prerrogativas que a legislação lhes assegura.

Neste sentido, hipotecamos todo o nosso apoio à Reitoria da UFSC.

Reitoria da UFAC

Entidades manifestam-se em apoio e solidariedade à UFSC

30/04/2014 17:32

Novas manifestações de apoio e solidariedade à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) pelos acontecimentos da ação policial ocorrida no último 25 de março continuam a chegar. Confira algumas delas abaixo, na íntegra.

:: Associações dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua) e da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat/Campus Rondonópolis)

A diretoria da Adua repudia ato de truculência policial que marcou a tarde de terça-feira (25) na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em solidariedade à comunidade acadêmica daquela universidade, a seção sindical aprovou, em reunião realizada nesta quinta-feira (27), moção de repúdio contra as ações de perseguição e repressão realizadas pela Polícia Federal (PF) na UFSC.

A abordagem de agentes da PF – que começou com revista e terminou com agressão a professores, técnico-administrativos e estudantes, além de prisão – transformou o campus da UFSC em praça de guerra. Esses atos “reeditam os tempos da ditadura militar e mais uma vez aprofundam o desrespeito sistemático do atual governo ao artigo 207 da Constituição Federal”, diz trecho da nota, referindo-se à perda da autonomia universitária.

Nesta quinta, o ANDES-SN encaminhou uma carta ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, exigindo a imediata apuração dos fatos e a consequente punição dos responsáveis pela operação considerada “lamentável e ilegal”. “Salta aos olhos que agentes da própria Polícia Federal tenham agido violenta e desrespeitosamente, como mostra a imagem desses agentes lançando spray de pimenta no Diretor do Centro do Filosofia e Ciências Humanas daquela universidade, professor Paulo Pinheiro Machado, que buscava negociar uma solução pacífica e respeitosa de acordo com a Lei”, destaca trecho do documento.

O Ministério da Educação também solicitou, nesta quarta (26), ao Ministério da Justiça explicações sobre o fato ocorrido no campus da UFSC. “Tão logo receba as informações do Ministério da Justiça e da UFSC, o MEC tomará as medidas cabíveis, com o rigor que o caso exige”.

Após audiência pública realizada nesta quarta, com ampla participação da comunidade acadêmica e, sobretudo, em virtude da pressão exercida pelos estudantes, que continuam ocupando o prédio da administração superior da universidade, a reitoria encaminhou ao movimento estudantil um termo de compromisso que visa resguardar e reafirmar a autonomia universitária, bem como defender os direitos constitucionais da UFSC e de seus alunos.

O documento consiste, entre outras coisas, na elaboração de “um calendário para discussão com a comunidade e a definição de uma política de segurança na UFSC”, além de solicitação ao Ministério Público de Santa Catarina para que “seja retirado o item referente às ações policiais, reafirmando que nenhuma ação policial poderá ser feita nos campi da universidade sem autorização prévia e formal da autoridade máxima da instituição, condição que já constava no termo atual e foi desrespeitada”.

Solidariedade de outras ADs

Em Assembleia Geral realizada nesta quinta, a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso/Campus Universitário de Rondonópolis (Adufmat/ Rondonópolis) decidiu, por unanimidade, repudiar a invasão, a repressão e as ações ilegais cometidas pela PF na UFSC e na Universidade Federal de Campina Grande – caso ocorrido na semana anterior – e ainda solicitar apuração dos fatos.

“Diante de tal ato que fere o art. 207 da Constituição Federal, solicitamos às autoridades competentes a apuração imediata dos fatos e a consequente punição dos responsáveis por esta operação lamentável e ilegal, quando professores, técnicos administrativos e alunos foram reprimidos de forma violenta e desumana”, diz trecho da nota de repúdio.

Nesta quarta, a Seção Sindical do ANDES-SN na UFSC também manifestou posicionamento contrário à invasão do Campus da instituição pela polícia. “A segurança da UFSC deve ser pensada para garantir os direitos da comunidade universitária, e não para violá-la. Por isso, vamos todos à mobilização contra este ato de violência e em defesa da autonomia das Universidades e dos direitos sociais”, alerta a nota, que, além de descrever a ação truculenta, sugere medidas de responsabilização.

Fonte: Adua

:: Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (ADUNEB)

A Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (ADUNEB) vem a público repudiar veementemente a covarde e violenta ação da polícia militar e federal, contra a Comunidade Acadêmica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

No momento em que todo o país debate e relembra com pesar os 50 anos do início da Ditadura Militar no país, a polícia, cinco décadas depois, continua a dar amostras de despreparo, autoritarismo e truculência. Professores, alunos e servidores técnicos foram duramente agredidos, dentro do campus da UFSC, por militares e pela Tropa de Choque. A lamentável ação do braço forte do estado, com a invasão do campus universitário e consequentes agressões, foi um ataque ao artigo 207, da Constituição Federal, que prevê a Autonomia das Universidades.

As deploráveis cenas reavivam as feridas, ainda expostas, de um tempo nefasto do Brasil. Mas, assim como no período de 64, ameaças, desrespeito, agressões físicas, bombas de efeito moral e tiros não calarão a Comunidade Acadêmica deste país, contra as ações reacionárias da burguesia e do aparato repressivo da polícia classista, racista, machista e homofóbica.

Fonte: ADUNEB

:: Comando Nacional de Greve  – Fasubra

O CNG/FASUBRA se solidariza com os estudantes, técnicos e docentes que lutaram e resistiram contra a invasão autoritária do Batalhão de Choque, PM e Policia Federal no CAMPUS da UFSC. É inadmissível que no cinquentenário do golpe militar a força repressiva do estado seja responsável por cenas absurdas de agressão física e destruição de patrimônio público da universidade.

Todo apoio à luta pela democracia e autonomia nas universidades públicas brasileiras!

Fonte: Fasubra

Conselho de Reitores da AUGM aprova moção em defesa da autonomia e liberdade universitária

28/04/2014 18:03

A 65ª Reunião do Conselho de Reitores da AUGM  (Associação de Universidades do Grupo Montevideo), aprovou por unanimidade, em 25 de abril, uma moção em defesa da autonomia e liberdade universitária, referindo-se especificamente aos fatos ocorridos na UFSC um mês antes. Os Reitores manifestaram “sua solidariedade com a comunidade universitária da UFSC, na pessoa da Reitora Professora Roselane Neckel, e também a defesa da Autonomia e da Liberdade Universitárias”.

Leia a declaração na íntegra a seguir:

MOÇÃO EM DEFESA DA AUTONOMIA E LIBERDADE UNIVERSITÁRIA

Motivados pelos recentes acontecimentos na Universidade Federal de Santa Catarina do dia 25 de março próximo passado, quando houve uma violenta intervenção da Polícia Federal e da Polícia Militar no seu Campus central, o Conselho de Reitores da AUGM (Associação de Universidades do Grupo Montevideo), reunidos em reunião ordinária nesta mesma Universidade, manifestam sua solidariedade com a comunidade universitária da UFSC, na pessoa da Reitora Professora Roselane Neckel, e manifestam também a defesa da Autonomia e da Liberdade Universitárias.

O Conselho aqui reunido considera inaceitável ações deste tipo, qualquer forma de violência, ainda mais em um espaço público e vocacionado para a educação como é um Campus Universitário. Reafirmamos a mais firme defesa da Autonomia Universitária e da Liberdade Acadêmica, condições essenciais para o pleno desenvolvimento da educação superior e da criação científica, tecnológica e artística.

Florianópolis, 25 de abril de 2014.

Tags: AUGMmoção de apoionota

Sociedades científicas assinam Moção de Repúdio contra as ações violentas da polícia na UFSC

22/04/2014 16:49

MOÇÃO DE REPÚDIO ÀS AÇÕES VIOLENTAS CONTRA A COMUNIDADE ACADÊMICA DA UFSC 

As Sociedades Científicas abaixo assinadas vêm a público repudiar as ações violentas da Polícia Federal e da Polícia Militar no Campus da UFSC, que agrediram estudantes, professores e servidores e, sobretudo, feriram a autonomia universitária e os valores educacionais que regem a formação de nosso alunato, pautados no respeito, no diálogo, na ética e na cidadania.

Causa indignação e também estranheza a ocorrência de tais ações na UFSC, uma instituição que tem se destacado como uma das melhores universidades do país e do exterior. De acordo com o Ranking Mundial promovido pelo Conselho Superior de Investigações Científicas, ela ocupa um honroso terceiro lugar em produção científica, sendo antecedida apenas pela USP e pela UFRGS. Segundo o Ranking Web of Universities, a UFSC ocupa a quarta posição entre as universidades da América Latina. Fundada em 1960, esta instituição, considerada por várias instâncias avaliadoras a melhor do Estado de Santa Catarina, tem se expandido incansavelmente, abrigando hoje um contingente formado por cerca de 43.000 alunos matriculados em 105 cursos de graduação e 156 de pós-graduação. Os/as docentes que atuam nesses cursos são em sua maioria doutores/as e trabalham em regime de dedicação exclusiva, liderando núcleos e grupos de pesquisa. Em 2013, dos 56 programas de Pós-Graduação da UFSC avaliados pela Capes, 17 alcançaram as notas mais altas (6 e 7) concedidas pela agência, referendando os cursos como de excelência internacional.  Dois desses programas de pós-graduação estão no CFH. No último quadriênio, a UFSC diplomou 14.588 profissionais graduados e 10.824 pós-graduados, atingindo a marca recorde de 25.412 diplomados. A isso se soma a colaboração de 3.075 técnicos-administrativos.

Esses números refletem claramente o compromisso desta instituição com uma política de expansão e de qualidade do ensino público superior, favorecendo a inclusão e a permanência dos estudantes através da garantia de bolsas de estudo, da definição clara de Programas de Ações Afirmativas, bem como do funcionamento da Biblioteca Universitária, do RU e do HU.  Além desses números favoráveis, a existência de 317 acordos da UFSC com universidades e instituições de pesquisa de diferentes países, sinaliza o lugar de destaque que ela ocupa também no cenário internacional. Essa trajetória exemplar, marcada por sólido e sistemático empenho em busca de um ensino de excelência, nos orgulha e estimula em nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária.

Também manifestamos nossa estranheza diante do modo como a imagem da UFSC e os episódios desencadeados pela intransigente e violenta ação da Polícia Federal, com o apoio da Polícia Militar, têm sido insidiosamente distorcidos pelos órgãos de imprensa locais. Esses parecem desconhecer não apenas a qualidade do trabalho acadêmico, mas também o impacto educacional, social e econômico altamente positivo da UFSC, que deveria ser tratada com o devido respeito, como um patrimônio do Estado de Santa Catarina.

Reconhecemos que, assim como qualquer outro local do país, os vários campi da UFSC estão sujeitos aos conflitos e tensões típicos do crescimento urbano e dos espaços democráticos nos quais a diversidade de opiniões e os movimentos sociais se expressam e convivem num clima de liberdade. No entanto, entendemos que as intervenções policiais devem passar pela apreciação e anuência da Reitoria. Consideramos fundamental o respeito à autonomia universitária e à legitimidade de suas instâncias de decisão.

Atualmente, a UFSC é liderada por duas professoras/pesquisadoras que foram eleitas democraticamente pela comunidade acadêmica, cujas trajetórias refletem o comprometimento com a seriedade e a qualidade dessa instituição. Externamos confiança em nossas colegas e repudiamos as infâmias veiculadas na imprensa,  muitas das quais colocam em dúvida suas competências por serem mulheres.

Assim, as Sociedades Científicas abaixo assinadas abaixo assinadas manifestam seu repúdio à violência empreendida pela Polícia Federal e Polícia Militar no Campus da UFSC, entendendo que esta se coaduna com reiteradas ações de criminalização dos movimentos sociais, e reforçam sua solidariedade aos/às professores/as por ela atingidos/as, especialmente Paulo Pinheiro Machado e Sônia Weidner Maluf, Diretor e Vice-Diretora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, aos estudantes que foram presos, aos servidores que buscaram uma solução negociada, aos feridos e à sua administração central, que legitimamente representa a comunidade universitária. É inaceitável qualquer forma de violência, ainda mais em um espaço público e vocacionado para a educação como é um Campus Universitário.

Associação Brasileira de Antropologia

Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação

Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo

Sociedade Botânica do Brasil

Antonio José da Silva Oliveira – Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência

Ingrid Dragan Taricano – Sociedade Brasileira da Ciência em Animais de Laboratório

Sociedade Brasileira de Biologia Celular

Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica

Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular

Sociedade Brasileira de Farmacognosia

Sociedade Brasileira de Química

Associação Brasileira de Enfermagem

Sociedade Brasileira de História da Educação

Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte

PRAE amplia em quase 42% o número de bolsas em dois anos

22/04/2014 12:47

A Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), viabilizou 860 novas bolsas do Programa Bolsa Estudantil UFSC entre maio de 2012 e março de 2014. O edital do processo seletivo publicado no dia 26 de março de 2014 disponibilizou 305 novas bolsas, em uma ação que faz parte da política de permanência estudantil da Universidade. Alunos dos campi de Florianópolis, Araranguá, Curitibanos e Joinville são atendidos pelo programa, conforme o Relatório de Gestão da PRAE referente a 2013. Em 2014, além destes campi, a PRAE integrou ao Programa os alunos de Blumenau.

Em abril de 2014, o número de vagas para o Programa Bolsa Estudantil corresponde a 2.050, informa o diretor do Departamento de Assuntos Estudantis (DeAE), Sergio Luis Schlatter Junior. Para a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Denise Cord, esse incremento reflete o compromisso da Administração Central com o atendimento efetivo dos estudantes com fragilidade socioeconômica. “É uma preocupação que visa à permanência com sucesso desses estudantes. A meta é aprimorar o atendimento, ou seja, atender ao maior número possível de estudantes e integrar a essas ações outras, voltadas à assistência psicossocial, à convivência, ao lazer, à cultura e à saúde”, anuncia. A pró-reitora explica que estão sendo feitos estudos para viabilizar essas propostas.

O auxílio financeiro no valor de R$ 522,00 – atualizado com base na resolução normativa que institui o programa e prevê reajuste da inflação no mês de março – é concedido a alunos matriculados em cursos presenciais de graduação que comprovem situação de vulnerabilidade socioeconômica. A UFSC é responsável por executar as ações referentes ao programa e fazer a avaliação por meio da PRAE.

O diretor do DeAE esclarece que parte dos recursos para pagamento das bolsas é viabilizada pela Universidade. Desde 2012, a PRAE usufrui de recursos da matriz orçamentária da UFSC para essa finalidade. “A demanda tem crescido muito mais do que o recurso, proveniente do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), que não é suficiente para suprir todos os gastos que envolvem o programa. No entanto, majoritariamente o recurso vem da matriz PNAES”, esclarece Sergio Schlatter.

O PNAES – instituído pelo Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010 – apoia a permanência de estudantes de baixa renda de instituições federais de ensino superior (Ifes) e prevê o atendimento preferencialmente a egressos da rede pública de educação básica que possuem renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio. Assistência a necessidades como alimentação, moradia, saúde, transporte, apoio pedagógico, entre outras, são consideradas pelo PNAES, que visa combater situações de evasão e repetência.

De acordo com informações disponíveis no portal do Ministério da Educação, o PNAES foi criado em 2008 e recebeu, naquele ano, R$ 125,3 milhões em investimentos. No ano seguinte, foram R$ 203,8 milhões para investimentos diretos no orçamento das Ifes.

A tabela disponibilizada no Relatório da PRAE de 2013 referente à evolução do antigo Programa Bolsa Permanência da UFSC, extinto em agosto, possibilita identificar que foram pagas, em média, entre janeiro e agosto do ano passado, 1.721 bolsas mensalmente. Entre setembro e dezembro, a média de bolsas – já sob vínculo do Programa Bolsa Estudantil – foi de 1.785. O documento aponta que foram investidos R$ 10.165.438,00 em bolsas em 2013.

Comparativo entre 2011 e 2012

De acordo com levantamento feito pelo diretor do (DeAE), até o mês de agosto de 2011 a UFSC contava com 1.040 bolsas. “Após o término da ocupação do prédio da Reitoria, realizada entre 25 e 28 de agosto de 2011, a Administração Central da Universidade ampliou o número para 1.190”, informa.

A atual equipe da gestão da UFSC iniciou os trabalhos em maio de 2012. “Já naquele ano, houve uma ampliação significativa no número de bolsas. Em outubro ampliamos a oferta com mais 450 bolsas, chegando a 1.758 bolsas no final de 2012. Temos aumentado o número de bolsas sempre que possível”, afirma Sérgio Schlatter.

Conforme o Relatório de Gestão de 2012 da PRAE, entre janeiro e dezembro ocorreu um aumento de aproximadamente 53% do número de bolsistas.

Outras informações sobre o Programa Bolsa Estudantil podem ser obtidas aqui ou pelo telefone (48) 3721-8249.

 

Bruna Bertoldi Gonçalves

Jornalista / Diretoria-Geral de Comunicação / UFSC

bruna.bertoldi@ufsc.br

 

Reitor da UFRJ manifesta solidariedade à UFSC

22/04/2014 09:43

O Reitor Carlos Levi, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, encaminhou à Reitora Roselane Neckel mensagem de solidariedade, em função da ação policial ocorrida no campus em 25 de março de 2014. A reitora fez questão de agradecer pela manifestação. “Este texto emocionou a mim e a Lúcia, pela sensibilidade, mas também por reforçar os valores nos quais tanto acreditamos”, disse. Confira a íntegra do texto do reitor da UFRJ:
Prezada Reitora Roselane Neckel,

Ao conhecer os detalhes das circunstâncias e desdobramentos envolvidos nos recentes e lamentáveis fatos ocorridos na sua Universidade Federal de Santa Catarina, diferentes sentimentos oscilaram entre dois polos: uma enorme sensação de repúdio a tudo e a todos que não enxergam a importância, a necessidade e o potencial transformador das nossas universidades públicas na construção de uma sociedade mais justa, mais democrática, mais igualitária, mais humanizada, mais responsável; e a convicção sobre a necessidade de alguma manifestação explícita e urgente de solidariedade e apoio, na expectativa de lhe atenuar as inevitáveis angústias que decorrem desses desgastantes momentos, ressaltando que a sua luta não será solitária e, se possível, contribuir para fortalecer ainda mais os seus reconhecidos ideais e corajosas atitudes em defesa de uma universidade pública cada vez mais qualificada, cada vez mais inclusiva, cada vez mais cidadã e, daí, a urgência de que ela seja cada vez mais autônoma.

Reitora Roselane, receba da Universidade Federal do Rio de Janeiro o nosso integral e incondicional apoio e homenagens à sua força moral e à sua disposição para enfrentar e superar as incompreensões e ações equivocadas que apenas retardam, atrapalham, mas jamais afastarão as nossas universidades dos seus legítimos compromissos com o exercício da reflexão crítica e avanços das práticas e conceitos educacionais que se reflitam no ideal de cidadania plena da nossa sociedade.

Embora tenhamos a lamentar, a luta pela defesa da inviolabilidade do espaço universitário acabou se fortalecendo e se ampliando após as cenas fortes vivenciadas pela Comunidade da Universidade Federal de Santa Catarina. O episódio nos alertou sobre as nossas vulnerabilidades, fragilidades e destacou os atuais limites das nossas possibilidades. O tema nos exige reflexões profundas e ações conjuntas e integradas. A sua luta agora será também a nossa batalha!

Saudações universitárias, solidárias e fraternas,

Carlos Levi
Reitor
Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ